sábado, 12 de março de 2016

PERFEITO ESTRANHO 3º PARTE





Cristy, escolheu a roupa para o dia seguinte. Tinha de ter um ar muito profissional. O Sr. Gomes disse-lhe, que a entrevista dela, estava marcada para o inicio da manhã. Seria a primeira a ser "inspeccionada", se ficasse aprovada começaria logo a trabalhar, mas já sobre as ordens de um novo patrão. Escolheu um fato de saia e casaco cinzento, com uma camisa branca de seda,com um fio cinzento num tom mais escuro que o do fato. Apanhou uns brincos pequenos, em forma de borboleta, tinha-os comprado no ano passado nas ferias, no pulso, além do relógio que o Sr. Gomes lhe oferecera quando fez 2 anos de casa, levaria a pulseira que a sua mãe lhe dera no 19º aniversário.
Deitou-se certa de que tinha feito a melhor escolha,  para deixar boa impressão ao patrão. Adormeceu com o livro nos braços. Quando o despertador tocou admirou-se por ter dormido tão bem!
Depois de tratar de Napoleão, saiu enfrentando o frio da manhã.
O transito estava muito calmo e depressa chegou ao escritório. Na entrada estavam os seguranças todos. Cumprimentaram-na e disseram-lhe que o Sr. Gomes ainda não tinha chegado, mas o novo chefe, embora fosse mais novo do que era esperado por todos, já tinha começado a dar ordens e não tinha cara de bons amigos. O que deixou Cristy ainda mais nervosa. Ao contrário dos outros dias entrou no elevador. Não queria chegar atrasada.
 A secretária dela estava cheia de papeis! Ela nunca deixava a secretária assim! Teria ele uma secretaria pessoal? Se assim fosse era bem desorganizada! Decidiu bater à porta e ver se podia ser útil em alguma coisa. Um entre ríspido soou do outro lado.
- Bom dia. Dá-me...

Cristy não podia acreditar no que os seus olhos viam! Carlo! Não podia ser! Sentiu que as suas pernas começavam a tremer. Cristy não consegui-a desviar o olhar dele, o fato preto dava-lhe um ar felino... lembrava-se de ter pensado isso na primeira vez que o viu.
Carlo olhou-a, se ficou surpreendido não o demonstrou no seu olhar.

- Como o mundo é pequeno!  -Sem olhar directamente para ela foi até à secretária e apanhou uma pasta.-   Bianca Cristina certo?

Se ele podia ser profissional, ela também. Não lhe ia dar o prazer de perceber, que os seus beijos a tinham deixado transtornada e que sonhava com as suas caricias!
- Sim. -esperou que ele terminasse de ler o seu dossier. Ficou de costas para ela o que fez o seu coração disparar a mil. O sol começava a bater na janela e vê-lo assim a contra luz fazia-a pensar em coisas que não devia.
- Tens um currículo impressionante para uma rapariga da tua idade.- Falava sem a olhar- Estás à vontade a falar estas línguas todas ou é só para impressionar?

Mas quem é que ele pensava que era?!

- Claro que sei falar essas línguas todas! Não preciso mentir para encher o meu currículo! Tudo o que está aí, é a mais pura verdade! Pode por-me à prova com o que quiser. Estou à sua inteira disposição.
- Estás?! - olhou-a de tal maneira que Cristy sentiu-se nua   - Bem, veremos isso no decorrer do dia. Não precisas de ficar na defensiva comigo, afinal já nos conhecemos.- ela corou e ele riu-se.-  Falaram-me muito bem de ti, por isso vamos tentar, e ver se realmente mereces todos os elogios.
- Posso perguntar uma coisa?
- Claro! E trata-me por tu, vamos trabalhar diariamente lado a lado.

Lado a lado?! Juntos?! Ele estava a tentar deixá-la desconfortável?!

- Vou ficar?
- Como assim?! Se ficas a trabalhar para mim? Se corresponderes ao que pretendo não vejo porque não. Embora o teu contrato tenha de sofrer uns ajustes. Estás de acordo?
- Claro! Se for necessário.

Com o decorrer do dia, Cristy percebeu que ele tinha uma energia inesgotável. Não lhe dava descanso, mas também não parava!  E tinha sido justo com todos os empregados. Até agora despediu apenas dois, mas deu-lhes uma boa indemnização, mais do que era obrigado! Isso deixou Cristy boquiaberta. Pensava que iria despedi-los, dando-lhes apenas o que a lei obrigava.
Pela hora do almoço, ainda nem iam a meio e ela já estava exausta! Finalmente pediu-lhe que fosse à cafetaria, comprar algo para comer. Comeriam ali no escritório. A sua cabeça começou a divagar novamente... já tinha almoçado outras vezes no escritório com o Sr Gomes, mas com ele?! Os dois ali, sozinhos, com a porta fechada?!

- Cristy?!- Lisa a empregada da cafetaria chamou-a - Já decidiste? Porque não vai ser o costume pois não?

Ali tomou consciência, que não sabia do que ele gostava. E nem se dera ao trabalho de lhe perguntar o que queria... estava tão habituada aos gostos do Sr. Gomes. Arriscaria!

- Para mim o costume e uma sandes de carne assada e uma cola.

Lisa gritou o pedido lá para dentro e começou a arranjar as bebidas.

- Estava agora mesmo a comentar, e todos são da mesma opinião, coitada de ti! Dizem que é um monstro para os empregados,que não tem dó nem piedade de ninguém! O que terás de aturar! Mal chegou e já andava a dar ordens a torto e a direito! Rapariga põe os pés de molho, olha que este não te vai dar descanso!
- Não te preocupes Lisa, darei conta do recado! Mas obrigada pela preocupação.

Se soubessem como ele interrompia o seu descanso! E agora tinha de almoçar com ele no escritório! No curto percurso pelos andares, já soavam as opiniões sobre o chefe. Desde magnata do petróleo a multimilionário, passando pela máfia Italiana, havia de tudo um pouco. Ela sorriu ao pensar, em como as pessoas gostam de comentar a vida dos demais, e quando não sabem inventam! Ela também tinha curiosidade por causa do nome, se as coisas fossem diferentes perguntava-lhe, mas assim... era melhor guardar a curiosidade para si mesma.

- Pedi umas sandes de carne assada pois ainda não sei do que gostas.
- Dizes bem. Ainda. Teremos de remediar isso.

Ela estremeceu quando, ao lhe dar as coisas, os seus dedos se tocaram ao de leve. Aquilo soava-lhe a ameaça. Ou seria uma promessa? Fosse qual fosse a hipótese, o resultado era o mesmo.
Nos dias seguintes, mal teve tempo para sonhar com ele de tão cansada que estava. Ao contrário dela ele parecia não se incomodar. No fim da semana deu-lhe o seu contrato.

- Lê, se concordas assina.
- Um pouco grande não?- ela olhava para as seis páginas que tinha na mão. Nunca teve um contrato com tanta cláusula. - Muita coisa nova aposto.
- Nada demais. Apenas alterei o horário e o ordenado. Passas a estar disponível vinte e quatro horas por dia, trezentos e sessenta e seis dias por ano...
- Como?! Não existe ninguém que aguente trabalhar sem descansar.
- Não disse que não descansas. Mas quem pensas que sou?! Apenas quero que tenhas consciência que te posso chamar a qualquer hora do dia, e sem hora de regresso. E por isso serás bem paga!
- Isso já eu fazia com o Sr. Gomes, e nunca precisei de um contrato a lembrar-me.
- Duvido que se acontecer algo, fora do horário estipulado pelo contrato, a companhia de seguros tenha a tua palavra em consideração.

 Estava envergonhada. Precipitou-se a julgá-lo. Ele tinha razão e ela sabia disso. Depois disso assinou o contrato e deu-lho sem ler mais nada.
Depois desse incidente, o resto do dia correu muito bem. Começava a entrar no ritmo dele, e quase sempre antecipava os pedidos dele. Gostava de trabalhar para ele, sentia-se viva!
Um dia estava a responder a uns email quando a chamou. Ele esperou que ela fecha-se a porta.

- Se tivesses de escolher uma pessoa para te substituir, quem seria?

Que raio de conversa era aquela?! Substitui-la?! Ainda agora assinara contrato!

- Vamos! Não tenho o dia todo. Quem escolhias?
- Não sei! Nem estou a perceber
- Nem tens de perceber! Só tens é de me dar um nome. Por mim até pode ser a mulher que lava as casas de banho, desde que seja de confiança e saiba anotar uns números num papel, enviar email e essas coisas chatas que vocês fazem.

Coisas chatas! E era assim tão prescindível, que até a mulher da limpeza a podia substituir?Tinha  vontade de lhe responder à letra mas conteve-se.

- A Bela, que está na contabilidade.
- Vês? Não foi difícil. Podes chamá-la se fazes favor?

Ele iria mesmo substitui-la? Assim,sem mais?!
Bela não demorou a subir, estava nervosa. Assim como ela, também não percebia o motivo. Acompanhou-a até ao escritório e voltou para a sua secretária. Por enquanto ainda era a sua secretária. A porta abriu-se repentinamente e Carlo deixou passar Bela .

- Então espero por si amanhã.

Despediu-se dela com um aperto de mão. Bela estava radiante. Quem não estaria?

- Amanhã tens de me ensinar umas coisas. Parece que te vou substituir, pelo menos, enquanto vão ao norte.
- Sim, vais ver que te vais sair bem.- ela não queria que Bela percebesse que não sabia de nada.- será um prazer ensinar-te o que for preciso.
- Obrigada por confiares em mim. O Dr. Ferrara disse que foste tu que me indicas-te.
-  Não tens de quê. Já te conheço à algum tempo, tu mereces.
- Bem, vou despedir-me das minhas companheiras. Até amanhã Cristy.
- Até amanhã Bela.

Cristy ficou a olhar Bela, embora não parecesse ter 48 anos, era das empregadas mais velhas da empresa. Mas digna de toda a confiança. Não se metia nas habituais conversas de coscuvilhice.

- Desculpa interromper o teu sonho, preciso de ti.


Na manhã seguinte, quando chegou ao escritório, Bela ocupava a sua secretária. No dia anterior não perguntou a Carlo, onde iria trabalhar. Bela disse-lhe que ele ainda não tinha chegado. Não podia ficar ali sentada à espera. Resolveu entrar e ir adiantando o serviço que ficou do dia anterior. Enviou o email para Itália e começou a colocar os dossiers que não eram necessários nas prateleiras. Ele podia gostar de ter a secretária atafulhada, mas ela não sabia trabalhar assim. Ele entrou quando ela se inclinava sobre a cadeira, que ela tinha usado como mesa de apoio para os dossiers.
Assustou-se quando o viu. O banco onde estava estremeceu quando ela se desequilibrou, e caiu na carpete. Esquecera-se por completo de que estava no escritório dele.

- Cristy, magoaste-te?

Era impressão dela ou ele estava realmente preocupado? Antes de ter tempo de reagir, ele já estava a seu lado, ajudando-a a levantar-se. A sua saia estava junto à sua anca, o que a deixou envergonhada. Carlo fingiu não reparar no seu embaraço e ajudou-a sentar na cadeira.

-Não deves fazer estas coisas sozinha. mas quem te mandou andar em cima do banco?
- Pelo amor de Deus! São só três degraus.
- Nem que fosse um. Podias ter-te magoado a serio
- Mas não magoei. E não tenho sitio para trabalhar. Deste a minha secretária à Bela.

Cristy só queria que ele parasse de lhe tocar. Estava perto demais.

- Isso. Mais meia hora e fica resolvido.

E assim foi meia hora depois entraram uns homens com uma secretária e colocaram-na no escritório junto à janela, ficando de frente com a dele.

- Não vai ficar aqui pois não?

Tinha de haver algum engano, não iria dividir o espaço com ele.

- Claro que vai! Não tem jeito estar a chamar-te cada vez que preciso de ti. De qualquer das formas, passas mais tempo, aqui que lá fora. Assim fica mais prático e não corro o risco de ficar afónico ao chamar-te.
Mais uma vez ele tinha razão, mas assim, para onde ela fugia quando precisava de se afastar dele?

- Se tem de ser...
- Estás com medo de algo?

Parecia que ele lia os seus pensamentos.

- Claro que não!
- Ainda bem. Não costumo atacar as mulheres a menos que ela o peçam.

Cristy voltou a envergonhar-se. Tratou de arrumar a sua nova secretária, era o melhor a fazer.


Bela estava a sair-se muito bem, em consequência disso, Cristy tinha menos trabalho.
Desde que Carlo comprara a empresa que comiam no escritório, ela começava a estar mais à vontade com ele.
Estava na cafetaria para apanhar algo para almoçarem, quando Bela a chamou. Pediu as sandes e dois sumos de laranja natural a Lisa e sentou-se na mesa de Bela. Esteve à conversa com ela enquanto Lisa tratava do pedido.
Quando ficou tudo pronto, subiu levando tudo num tabuleiro. Ia entrar no escritório quando a porta se abriu e apareceu Carlo.

-Cuida...

Não teve tempo de acabar. Os sumos tombaram para cima dela, encharcando a sua camisa com o liquido gelado.

- Raios!
- Bolas,bolas, a minha camisa!

O tecido ensopado deixava transparecer o sutian de renda dela. Carlo tirou-lhe o tabuleiro das mãos e atirou-o para cima da secretária, ele não afastava os olhos dela, de repente sentiu-se empurrada contra a porta do escritório e em segundos ficou sem camisa.
Carlo não desviava o olhar do dela, ela soube que estava perdida, mesmo antes da boca dele tocar a sua. Beijou-a primeiro com beijos leves e curtos que foram aumentando de intensidade a cada beijo. Cristy respirava com dificuldade, as caricias dele estavam a atormentá-la. Uma doce tormenta.

- Cristy... diz... que me queres
- Carlo...
- Sim?

As palavras era interrompidas pelos beijos

- Eu...
- Diz! Preciso que o digas...
- O tabuleiro...
- Deixa a porcaria do tabuleiro...

Voltou a concentrar-se na boca dela desta vez mais demoradamente. Quando sentiu a língua dele na sua boca estremeceu

- Tens de dizer...

Mas ela não conseguia dizer nada,as caricias juntamente com os beijos dele, deixavam-na embriagada de desejo. Levantou os braços, colocou-os no pescoço dele e puxou-o para si, eliminando assim o espaço que separava as suas bocas.
Carlo murmurou

- Também serve.

E voltou a beijá-la desta vez com mais insistência. Com uma mão acariciou as pernas dela, ela entreabriu-as instintivamente.

- Doutor. Desculpe mas está aqui o seu advogado.

A voz de Bela no interfone ecoou pelo escritório, Carlo afastou-se dela como se tivesse tomado banho de água gelada. Estava calmo, ela por seu lado estava um feixe de nervos.

- Vou já.

Respondeu calmamente. Olhou para ela,o desejo brilhava no seu olhar. Deu-lhe um beijo antes de sair. Cristy ficou por um tempo encostada à parede. Tinha perdido totalmente o controlo. Estava a tremer por dentro e sentia a cara quente. Vestiu o casaco do fato e guardou a camisa suja. Vesti-la estava fora de questão.
Apanhou as sandes do chão e colocou-as no tabuleiro juntamente com os copos. Dedicou-se ao trabalho. Era melhor ocupar-se em vez de pensar no que estivera quase para acontecer.

Horas depois Carlo ligou a dizer que fosse para casa, hoje já não voltava ao escritório. Ela ficou a trabalhar, sair mais cedo estava fora de questão. E se reparassem que estava sem camisa? Ficaria até que todos tivessem saído! Quando faltava pouco para as cinco disse a Bela que podia ir para casa, que Carlo só voltaria no dia seguinte. E ela entregou-se ao trabalho. Tinha muita coisa que colocar em ordem e não só em matéria de trabalho.
Quando saiu não viu ninguém e agradeceu por isso. Assim que chegou a casa tomou um duche. Por muito que se esfrega-se, não conseguia apagar as lembranças das caricias dele. Estava brincando com fogo. Tinha de por um ponto final naquilo antes que fosse longe demais e coloca-se a sua saúde mental em risco e com ela o seu emprego! Deitou-se sem jantar.

O dia estava como ela, cinzento e frio. O vento soprava forte. Graças a Deus que tinha carro. Esperar por um transporte com este frio não era nada agradável.
Assim que entrou no prédio onde estava situada a empresa sentiu o calor reconfortante dos ares acondicionados.

- Está um dia horrível!

Ana estava mesmo atrás dela.

- Um frio danado!
- Não te tenho visto.
- Ando com muito trabalho. Não tenho horas de sair. É nestes dias que eu tenho inveja de ti.
- Ainda bem que tocas no assunto. Porque não deste uma palavra a meu favor junto do chefe?
- Como assim?
- Para o teu lugar... não está lá a Bela? As noticias aqui voam!
- Não me lembrei. Como estás sempre a dizer que não queres trabalho de secretária.
- Amiga,com o que o novo chefe paga, faria tudo o que ele quisesse.

Irritou-se ao ouvi-la dizer aquilo! Não era surpresa nenhuma, mas imagina-la com Carlo mexia-lhe com os nervos.

- E o loirinho? Achas que gostaria de te dividir?
- O Paulo está para fora, saiu ontem à noite. Sabes que eu tenho certas necessidades que tem de ser suprimidas.
- Claro! Bem, tenho de ir.
- A ver quando tens tempo para os amigos.

Cristy não lhe respondeu. Acenou-lhe e começou a subir as escadas.
Acenou a Bela que estava ao telefone e entrou no escritório principal. Carlo ainda não tinha chegado, a curiosidade levou-a a pesquisar sobre ele. Não gostou do que viu. Fotos dele com as mais variadas mulheres. Se uma era bonita a outra era mais. Todas muito sofisticadas e bem vestidas. A avaliar por aquelas fotos, mulheres não lhe faltavam. Ela nunca duvidara disso, mas doeu-lhe sabe-lo. Era melhor que não tivesse ido espreitar a vida do seu patrão. Não tinha decidido por um ponto final na situação? Fechou a página da imprensa cor de rosa e abriu a caixa de email da empresa. Era melhor trabalhar! Os emails acumulavam-se de um dia para o outro, a empresa exportava obras de arte e tinha galerias espalhadas por todo o mundo.Estava a responder ao segundo email quando ele entrou.

- Já a trabalhar?
- Bom dia. Não é para isso que me pagas.
- Que se passa?
- Nada.
- Nada? Então porque estás assim?! Algum problema?

Tinha de o dizer de uma vez se não perdia a coragem.

- Sim!
- O quê?
- Ontem...
- Sim?!
- Não devia de ter acontecido.
- Não?!
- Não. Eu acho melhor as coisas ficarem por aqui.
- Achas?!
- Podes parar de falar assim?
- Estou à espera da lógica. Já te conheço o suficiente, para saber que vem ai a razão da tua decisão.

Cristy olhou-o tentando perceber se estava a gozar com ela. Como não mostrou emoção alguma ela prosseguiu.

- Gosto de trabalhar aqui, e sei que sou boa no que faço, por isso não vale a pena estragar-mos tudo, e menos por um desejo idiota que vai passar daqui a nada. Além que, se há coisa que não te deve faltar são mulheres.
- Acabas-te?
- Sim.
- Certo. Então vamos trabalhar. E um dia talvez te lembre as tuas palavras, ou talvez não.

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