- Tens de compreender. É muito importante!
- Mais importante que eu?! - o olhar que Ana deitou ao noivo mostrava bem a raiva que sentia.
- Não vejas as coisas nesse prisma. - Mário tentou acariciar a noiva, mas esta esquivou-se
- Não?! Como queres que veja? Se inventas desculpas para não ires?!. E não podes dizer que foi uma ideia repentina. Está tudo combinado à mais de dois meses! Planeei tudo ao pormenor.
- Eu sei, mas podias adiar a viagem. Neste momento é-me completamente impossível ir.
- É impossível ou não queres ir? - A cara de Mário mostrava a sua aversão ao campo.
- Se fosse noutra altura...
- Já percebi tudo! -Ana interrompeu-o não valia a pena insistir, ele não iria - Não queres vir! - Olhou-o mais uma vez, na esperança que ele muda-se de ideias. Mas não viu nenhum sinal disso - Pois vou sozinha! Não serás tu que me vai impedir.
Ana saiu, batendo a porta do luxuoso apartamento do noivo. Desde que marcaram a data do casamento, discutiam com demasiada frequência. A maioria das vezes era por coisas banais, e depois de alguns gritos, acabavam por fazer as pazes entre os lençóis. Coisa que ela começava a achar demasiado repetitiva e previsível! Ultimamente, apenas faziam sexo depois de uma discussão. Fora essas ocasiões, as poucas noites que ela passava no apartamento dele, deitavam-se e dormiam.
Tinha planeado estes dias na montanha, cuidou de tudo pessoalmente. Alugou a cabana, pediu que lhe acendem-se a lareira na véspera e lhe abastecessem a despensa com provisões enlatadas para o caso de ficarem isolados. Nunca se sabe o que acontece quando se vai para a montanha em pleno inverno! Sorriu ao lembrar-se que tinha imaginado, os dois fechados na cabana... Sozinhos... Talvez isso acende-se a paixão que ameaçava extinguir-se! Até arranjou um mapa, onde marcou as estradas secundárias, para os passeios, que dariam a pé. Tinham concordado que uns dias longe de tudo era o ideal, mas agora ele negava-se a ir! Se pensava que ela ia voltar atrás e ficar na cidade,estava muito enganado! Não queria ir?! Bom proveito lhe fizesse a cidade! Ela iria sozinha! Estava demasiado curiosa sobre aquele sitio para desistir, era um dos sítios mais In da sociedade. Com cabanas equipadas com todo o conforto, mas longe da civilização. A utilização das novas tecnologias, tais como computadores e telemóveis, era opção dos inquilinos. Na cabana havia telefone, televisão e Internet. Embora a maioria das pessoas que procuravam as cabanas era para se isolarem de tudo. Por isso a distância entre as demais cabanas, estava estudada de modo a permitir a privacidade e o sossego necessário. Era preciso andarem mais de 15 minutos a pé para encontrarem a cabana mais próxima.
Quando chegou a casa, o seu estado de humor não se tinha alterado. Continuava furiosa! Facto que não passou despercebido ao seu pai.
- Queres falar?!
José, olhava a filha com nítida adoração, depois de perder a esposa à 20 anos, ela era tudo o que lhe restava. A vida ensinou-o a conhecer bem o temperamento da filha, aprendeu da maneira mais dura, sabia que não adiantava argumentar com ela. E muito menos numa altura destas, em que ela estava visivelmente furiosa!
- Acreditas que voltou atrás?! - Ana atirou-se para um canto do enorme sofá branco e agarrou uma almofada que amarrotou no colo. - Depois de tanto trabalho a planear estes dias... Mas se pensa que vou ficar porque ele não quer ir, está enganado! Não vou satisfazer os caprichos de nenhum homem! Ouviste?! - Gritava para o ar - Nenhum! - Agarrou a almofada e enfiou a cara nela a soluçar.
José aproximou-se da filha e abraçou-a. Ana aninhou-se nos braços do pai.
- Prometi a mim mesma, não vou desistir de nada por nenhum homem. Compreendes, não compreendes?!
- Sim. - José afagou a cabeça da filha - Talvez...
- Começamos por concordar e ceder em coisas simples e quando nos apercebemos... Não! Não me faz de idiota! Já decidi, vou sozinha. Talvez seja um sinal de Deus. Quem sabe se uns dias afastados seja o melhor nesta altura. - Ana olhou o pai - Quero dizer, antes do casamento. Pensar, se é isso que realmente queremos.
- Estás com dúvidas?! - José abraçou a filha
- Eu não! Mas ele parece que sim.
- Só porque não quer ir contigo, não quer dizer...
- De que lado estás?!
Ana saltou do colo do pai, de mãos nas ancas enfrentou-o de olhos muito abertos.
- Não confundas as coisas. - José falava calmamente - A tua falecida mãe, nunca gostou do mar. Tinha pavor de ver tanta água junta. Mas isso não impediu de eu a amar, mais que à minha própria vida.
- Tu é que estás a confundir as coisas. Se bem me lembro, a mãe foi muitas vezes à praia. Aliás, íamos todos os anos!
- Sim. Depois de tu nasceres. Antes disso, nunca a consegui convencer, foste tu que a convences-te, quando começas-te a andar e a pedir para ir à praia. Ela não te conseguia dizer que não, foi o enorme amor que te tinha que a fez ir.
- Vês como tenho razão? AMOR! - Carregou na palavra, tentando dar-lhe o ênfase que pretendia - Se ele me ama-se queria estar comigo. Começo a duvidar dos seus sentimentos.
- Não vou discutir contigo os sentimentos dele por ti, nem vou tentar demover-te. Sei que é uma tarefa impossível! - José conhecia demasiado bem a filha, sabia que quando ela mete uma coisa na cabeça não há quem a demova - Quando vais?
- Amanhã.
- É melhor levares o jipe, é mais seguro que o teu carro.
- Pai! Vou passar uns dias na montanha, não vou ao Paris Dakar!
- Fico mais descansado se o levares.
- Está bem! Se preferes. - Ana falava como se estivesse a fazer a vontade a uma criança.
- Sim, prefiro!
Ana subiu e acabou de fazer as malas. Uma mala, juntou-se ao necessaire e à mochila onde tinha os seus pertences pessoais. Voltou a confirmar se tinha a documentação, depois de verificar se tinha alguma chamada de Mário, atirou o telemóvel para dentro e fechou a mochila com alguma fúria.
Não se deu ao trabalho de lhe telefonar! E pensava ela, passar o resto dos seus dias com ele! Ao menos podia tentar falar com ela... Um bater leve na porta do quarto chamou a sua atenção.
-Sim?!
- Desculpe menina. - Maria, a governanta, estava com eles desde que ela se lembrava. Quando era pequena achava que era a dona da casa, ela é que dava ordens às demais empregadas, nunca viu a sua mãe dar uma ordem sequer - O menino Mário está lá em baixo. Pede para ver a menina.
- Diz-lhe que não estou bem, que estou com dor de cabeça! - Voltou costas a Maria, mas voltou a encará-la novamente - Não. Vou ver o que quer, diz-lhe que desço já. - Maria fez um aceno de cabeça e voltou-se - Maria! - Ana, sabia que estava a ser indelicada - Desculpe, hoje não estou muito bem.
- Não se preocupe menina. - Maria baixou a vista e ficou ligeiramente corada - A menina não faz por mal, esquece-se que a conheço desde que nasceu?! A menina só precisa de encontrar alguém especial, alguém que desperte toda a doçura que tem escondida aí dentro. E perdoe o atrevimento - Maria fez uma pausa e olhou nos olhos de Ana antes de continuar - mas o menino Mário não é homem para isso.
Ana sorriu perante o atrevimento de Maria, ela não costumava dar opiniões na vida dela, nem quando ela lhas pedia. Lembrava-se de tentar falar com ela alguns anos depois da sua mãe falecer, tinha completado 13 anos, estava apaixonada. Como não tinha mãe, precisava de alguém que a guia-se no mundo e pensou que Maria era a pessoa ideal, mas Maria apenas a ouvia, nunca se permitiu intrometer-se na vida dela. Nem nas coisas mais simples. E quando, anos mais tarde, Toni apareceu na sua vida, e a destruiu, ela não estava preparada! Inconscientemente, por alguns anos, culpou Maria da sua pouca sorte no amor. Se lhe tivesse falado sobre os homens, talvez ela não tivesse sofrido tanto, talvez hoje fosse a menina doce que Maria imaginava que ela era por dentro. Mas isso pertence ao passado, hoje já não a culpa, sabe que tudo acontece com um propósito. Muitas vezes nós é que não queremos ver o que está mesmo à nossa frente.
Retocou a maquilhagem e desceu, gostava de Mário. Se ele lhe pedisse perdão e fosse com ela, tudo voltava a ser como antes... Este pequeno incidente seria esquecido.
Mário falava com José, olhando de longe, parecia que a discussão não o afectou, falava enquanto agitava o copo de whisky fazendo soar as pedras de gelo. Ninguém diria que tinham discutido.
Sentiu uma revolta enorme no seu peito ao ver o à vontade dele! Não se sentia mal por terem discutido?! Queria pensar que sim, afinal ele estava ali! Aquilo era um sinal de que algo sentia!
- Querias ver-me?! - Ana mostrou indiferença. - Mudas-te de ideias?!
Mário, pousou o copo em cima da mesa e voltou-se para ela.
- Queria antes de mais falar contigo. Sabes que as coisas não são tão simples. Quero tentar explicar-te...
- Outra vez a mesma conversa?! Se não mudas-te de ideias o que vieste fazer?! - Sentiu o seu interior ferver.
- Não posso. O teu pai percebe...
- Pois. Mas eu não sou o meu pai. - Ana viu o pai abandonar a sala - Se não vens dizer nada de novo, fizeste a viagem em vão.
- Tenho pena que penses assim. Podíamos ir noutra altura.
- Não! Quero ir agora!
- Porque és tão intransigente?!
- Intransigente?! Agora sou intransigente! Essa é boa, levei meses a planear a viagem. Queria que fosse algo especial... mas tu dás valor a isso?! Não! Apenas te interessam os teus assuntos.
- O meu trabalho queres dizer.
- Estás a tentar dizer que não trabalho?! - Riu-se sarcasticamente - Também tenho a minha empresa, mas ao contrário de ti, deixei tudo preparado para que possam passar sem mim por duas semanas!
- Não foi isso que quis dizer! Sabes bem.
- Depois disto, já não sei de nada! Também pensava... - Fez uma pausa - Não, eu tinha a certeza, que querias estar comigo, e afinal parece que me enganei!
- Era para ir, mas as coisas complicaram-se...
- Olha. Não adianta estarmos a discutir sobre um assunto, no qual nenhum dos dois está disposto a ceder. Depois de deixar a tua casa percebi, que talvez precisemos de uns dias afastados um do outro. Para pensar, reflectir, no que realmente queremos.
- Estás a desmarcar o casamento?!
- Estou apenas a dizer, que se não conseguimos tirar uns dias para estarmos juntos, se discutimos sobre um assunto tão trivial e não conseguimos chegar a um acordo, talvez devêssemos pensar melhor!
- Talvez vá ter contigo a meio da semana. - a voz de Mário soou tremida.
- Sim, se quiseres. Agora vou deitar-me. amanhã tenho de me levantar cedo.
Ana voltou-lhe costas, sentiu as lágrimas molharem-lhe a camisa de seda. Mas não o deixou vê-la chorar! A alguns anos atrás, teria desistido da viagem e iriam quando ele pudesse e quisesse mas isso seria um erro, sabia-o bem! Noutros tempos cedeu, e pagou caro por isso! Não voltaria a cometer o mesmo erro. Independentemente do que decidi-se fazer, acabava por sofrer. E para chorar não precisava de plateia!
O céu amanheceu cinzento, prometia começar a chover a qualquer altura. Depois de prometer telefonar a meio do trajecto, despediu-se do pai e iniciou a sua solitária viagem. Procurou uma estação de radio, e ao som dos Platters saiu da cidade.
O medo inicial, foi-se dissipando à medida que se afastava da cidade e se deixava envolver pelas musicas. Parou numa pastelaria quando o seu estômago ameaçou começar uma melodia própria.
Àquela hora da manhã, a pastelaria estava quase deserta, apenas uma mulher tentava convencer a filha a beber o leite mais depressa, pois estava atrasada para o emprego. Depois de pedir à empregada uma fatia de tarte de pêssego e um café forte, sentou-se junto à janela observando o movimento da pequena povoação.
O vento aumentou de intensidade, as pessoas passavam agarradas aos casacos. Notava-se que era hora de iniciar um novo dia. A sineta por cima da porta tocou, anunciando um novo cliente. Um casal entrou abraçado. Sentaram-se numa mesa perto, os risos deles chegavam até ela. Não pode deixar de pensar que podia ser ela, ali abraçada a Mário... os olhos encheram-se de lágrimas. Levantou-se rapidamente, não queria que a vissem assim. Deixou o dinheiro em cima da mesa e saiu acenando para a empregada que lhe gritou uns desejos de boa viagem.
Sentou-se no carro e antes de retomar a viagem, respirou fundo. Olhou-se no espelho retrovisor...
- Idiota! És uma idiota. Se ele se importa-se contigo não tinha desistido da viagem.
Concentrou-se na paisagem. Embora estivesse a chover, a paisagem era deslumbrante. Começou a chegar perto da montanha e o verde começou a dominar todo o espaço. Abetos, e outras árvores que ela não reconheceu pareciam lutar entre si a ver quem chegava mais rapidamente ao céu. O jipe deu um salto ao passar num buraco! Tinha de prestar mais atenção, começava a entrar nas estradas secundárias. Concentrou-se ao máximo, até desligou a rádio para ouvir bem as direcções, que lhe dava a voz irritante do gps.
Quando chegou à cabana, a chuva tinha cessado mas estava um frio enorme! Retirou as malas do jipe e entrou apressada em casa. Nunca sentiu um vento tão gelado na sua vida! A casa estava tão gelada quanto lá fora. Bem que podiam ter acendido a lareira como tinha pedido! Sempre dava um ambiente mais agradável!
Atirou as malas para o chão e deitou uns madeiros na lareira. Se a lenha estivesse seca, a casa começava a aquecer num instante. Enquanto o lume aumentava o calor da divisão, arrumou as malas e foi ver se estava tudo em ordem. Verificou que,exceptuando o facto de não acenderem a lareira, tinham feito tudo como tinha pedido. Colocou a chaleira em cima do fogão e foi mudar de roupa. Ligou o computador e deixou-o ali com o ecrã a iluminar a sala. A chaleira apitou na cozinha, fez o chá e sentou-se a olhar o lume. A mente completamente em branco, apenas olhava as chamas a consumir os madeiros.
Um bip tirou-a da hipnose. Olhou o ecrã, era a sua secretária. Que se teria passado?! Abriu o email curiosa, esperava que não tivesse acontecido algo que requeresse a sua partida. Precisava daqueles dias, agora mais que tudo, precisava de pensar.
O email abriu, era apenas para lhes desejar uma boa estadia. Clara não sabia que Mário tinha desistido da viagem.
Clara, além de sua amiga, tinha-se revelado uma secretária muito eficiente. Em várias ocasiões, quando ela não estava tinha resolvido os assuntos como se a empresa fosse dela. Tinha ponderado oferecer-lhe sociedade, ela bem merecia. Foi a única pessoa que a apoiou quando quis expandir o negócio, e mudar-se para o centro. Nem o seu pai a apoiou, preferia que ela casasse e ficasse em casa, sempre foi contra ela abrir o negócio,e o facto de as coisas estarem a correr bem não o fazia mudar de opinião. O pai era um juiz de renome e achava que a sua filha não precisava de trabalhar. Mas ela, era como a sua mãe, não queria ser dependente de ninguém! Quando o pai se opôs ao namoro dela com Toni, ela saiu de casa e foi viver com ele. Como ainda estudavam, tiveram de começar a trabalhar, sem saber bem como deixou-se convencer que a carreira dele era mais importante, ela deixou os estudos, ele seria doutor, ao passo que ela nunca passaria da filha do senhor juiz! Com as contas a aumentar e ele a estudar, o pouco que ela ganhava como ajudante de florista não chegava. Toni, insistia em que fala-se com o pai dela, que lhe pedisse dinheiro! Tinha herdado o orgulho da mãe, nunca pediria dinheiro ao pai, isso era o mesmo que dar-lhe razão! Com o dinheiro a fazer falta, juntou ao emprego de florista, o servir às mesas num bar! Embora ganha-se razoavelmente o dinheiro nunca chegava. Toni encarregava-se disso! Mas um dia a sua vida mudou, na tentativa de arranjar mais algum dinheiro foi ao supermercado, chamou-lhe a atenção o anuncio de uma loja que estava para arrendar. Teve uma ideia, começar um negócio próprio. Tinha boas bases de decoração, tinha bom gosto e conhecia os donos dos grandes bazares assim como os leiloeiros. Podia fazer um tipo de loja de decoração diferente. A principal actividade era decorar espaços, fossem eles grandes ou pequenos. Queria entrar num mercado que ela achava que precisava atenção. Procuraria as peças que os clientes queriam e iria tentar adquiri-las ao melhor preço! Começou com passos lentos mas depressa cresceu. No espaço de um ano a loja tornou-se conhecida na alta sociedade, e teve de procurar ajuda, que chegou na forma de Clara. Agora estavam em plena capital num dos melhores centros comerciais. A A´RT for YOU era reconhecida como uma das melhores empresas de decoração. Tinha fama de não desistir para conseguir os objectos que pretendia e isso agradava aos clientes. E eles continuavam a aumentar!
Desligou o computador, precisava de descansar. Serviu outra chávena de chá, bebeu-o a olhar as árvores que ondulavam agora mais lentamente. De repente pousou a chávena na bancada. Lá fora estava todo um mundo por descobrir, vestiu o casaco, apanhou o mapa e saiu. Sentiu o corpo aquecer com a caminhada. A vida ao ar livre podia ser muito vigorante! Um pássaro passou por cima da sua cabeça a fazer um barulho estranho. Olhou para cima, era enorme. Devia de ter o ninho perto, estava a voar muito baixo. Sem desviar a vista do animal prosseguiu a caminhada. Um barulho nas suas costas chamou a sua atenção, mas ao virar-se escorregou e caiu pelo caminho lamacento! Enquanto escorregava, da sua garganta saía um grito agudo! Quando parou a descida, sentiu o rabo dorido e quente. Desde miúda que detestava os escorregas e agora vira-se forçada a andar num improvisado! Tentou por-se de pé. Uma dor agoniante invadiu todo o pé e começou a subir em direcção ao seu joelho!
Olhou o céu, estava a ficar mais carregado. Tinha de sair dali! Esticou o braço tentando agarrar um ramo ali perto, mas não conseguiu. Começou a gritar o mais alto que pode. Alguém iria ouvi-la!
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