terça-feira, 19 de abril de 2016

SEDE DE VINGANÇA 5º PARTE



Alex beijava a parte interior da perna de Liz quando algo caiu no andar de cima...
- Ariane!
Alex desapareceu vestindo a camisa enquanto Liz se vestia com a maior rapidez que conseguia e correu escadas acima. Alex já estava junto a Ariane...
- Desculpem, não queria acordá-los. Tinha sede...
- Devia de me ter chamado.
- Não te queria incomodar.
- Fosse o que fosse...a mãe sabe que não pode confiar nos seus reflexos.
- Pelo amor de Deus Alexandros, é um copo de água!
- O copo podia ter-se partido!
- Mas não se partiu.
- E se a mãe se desequilibra-se?
Alex estava visivelmente preocupado com Ariane, e tentava fazê-la perceber isso mas só estava a enervá-la ainda mais. Ela sabia bem o que ele estava a sentir, passara pelo mesmo com a sua mãe.
- Essa conversa agora não adianta.  Deixa, eu cuido dela agora.
- Vês?! Ela não grita comigo.
Liz sentia-se culpada. Aquilo era por culpa dela, se estivesse no seu quarto como devia em vez de estar no chão da sala quase a fazer amor com Alex nada disto tinha acontecido.
- Eu não estou a gritar consigo.
- Fazes pior, tratas-me como uma criança! Vai...deixa-me com Liz.
Alex saiu depois de dar um beijo à mãe.
- Ele preocupa-se consigo
- Eu sei... as pessoas deviam de morrer antes de chegarem a isto! Que coisa, ter de depender de alguém para beber um simples copo de água.
- Se não fosse assim nunca a tinha conhecido.
- E que ganhas tu com conhecer um bando de velhos?!
- Oh tanta coisa...já viu as coisas que eu aprendi sobre a Grécia e os gregos? Cada pessoa que cuidei ensinou-me algo. E guardo com carinho tudo o que aprendi com eles. A juventude pouco ou nada tem a contar...
- Podes ter razão, mas tens de aproveitar a juventude, depressa passa. Quando chegares à minha idade terás saudades.
- Se a viver bem, serão doces recordações. Cheias de sorrisos. Ou quando olha para trás não sorri?!
- Nem sempre, mas isso não interessa! Agora vai...vai descansar que amanhã temos de ir à cidade!
- Ainda é madrugada e já está a pensar em sair?
- Tenho de pensar...não falta muito para o baile e temos de ir comprar os vestidos.

O baile dava um novo alento a Ariane, e as cores voltavam ao seu rosto cansado.

- Acha que está capaz de ir ao baile?
- De dançar não, mas posso aproveitar para me distrair!
- Pode e deve. Agora descanse, vou ficar aqui até dormir.
- Não é preciso.
- Eu sei, mas quero ficar. Importa-se?
- Boa noite Liz.
- Boa noite Ariane.

Liz dormiu no cadeirão do quarto de Ariane. Principalmente porque não queria que acontece-se algo semelhante outra vez. Nem com Ariane nem com Alex.
 Ele disse que gostou quando ela o chamou de Alex. Ela gostava de o chamar assim, e gostava de sentir as mãos dele no corpo dela e que a beija-se... gostava do sabor dele, do cheiro... ela não se reconhecia. estivera quase a fazer amor com ele, sem se importar com nada mais. Ela não era assim! Até com o namorado precisou de tempo, e de muitos cuidados! Com Alex nem se preocupou em saber se ele tinha preservativos!
Adormeceu com estes pensamentos e quando acordou doía-lhe o corpo todo. Ariane estava sentada na cama a olhar para ela, hoje já estava vestida.
- Disse para ires para a cama! Deves de estar cheia de dores.
- Bom dia. Nada que um duche não resolva.
- Então vai, eu espero.
- Vou, mas depois de a deixar lá em baixo, a tomar o pequeno almoço com o seu filho.
- Tens cara de anjo quando dormes.
- Deixe-se de piropos, olhe que não me convence.
- Não são piropos,é a mais pura verdade.
- A Ariane também tem cara de anjo quando dorme.
- Um anjo a velar outro anjo...

Desceram de braço dado, Alex já estava à mesa. Levantou-se assim que as viu.
- Acreditas que dormiu no cadeirão do meu quarto?
- Ariane sente-se aqui e tome o pequeno almoço.
- Uma forma educada de me mandar calar.
- Porque não dormiste no teu quarto?
- Preferi assim.Volto já.
Liz preferia não ter de comentar com ele as razões que a levaram a dormir no quarto de Ariane. Abriu o chuveiro e deixou o jacto da água fria massajar o seu dorido corpo. Realmente o cadeirão era muito desconfortável. Doía-lhe tudo. Se tivesse passado a noite com Alex no chão da sala não teria tanta dor! Foi aumentando a temperatura da água a pouco e pouco. As dores começavam a ceder e estava a relaxar, agora bastava tomar um comprimido e estaria pronta para outra. Desligou a água e enrolou-se numa toalha. Olhou o relógio,tinha de se apressar, tinha estado 20 minutos debaixo de água e estavam à espera dela! Quando entrou no quarto deu um grito, Alex estava sentado na cama dela.
- Que fazes aqui?
- Vim ver porque demoravas.
- Podias ter batido à porta.
- E bati... não respondeste. Podias estar desmaiada.
Alex já estava de pé e ela instintivamente agarrou a toalha com força.
- Estás com medo que a toalha caía?
- É melhor prevenir.
- Ontem não tiveste problemas em que te visse nua.
- Isso foi ontem,e não estava nua.
Alex estava cada vez mais próximo dela
- Faltou pouco... mas podemos resolver esse percalço.
- Qual percalço?
- De estares nua.
Sem aviso prévio Alex agarrou-a pela cintura e beijou-a.
Liz rendeu-se mal sentiu na sua boca o sabor dele... a toalha caiu a seus pés quando levantou os braços para o puxar pelo pescoço. Os seus beijos faziam-na sentir-se viva. E com amnésia!
- Acho melhor vestires-te. A minha mãe está à nossa espera.
Alex saiu e ela ficou completamente nua com a toalha a seus pés! Bastou um beijo dele e entregou-se sem reservas. Agora percebia a sua irmã. Malditos gregos...eram uns sedutores natos! Vestiu-se à pressa. Ariane estava a ler uma revista quando ela desceu e Alex estava no escritório.
- É melhor comeres algo antes de sairmos.
- Como algo depois. Agora preciso mesmo é de um café. A Ariane já tomou a medicação?
- Sim. Alexandros deu-ma.
- Então, quando quiser podemos ir.
Liz bebeu o último gole de café e apanhou um croissant.
Alex não demorou a sair do escritório e partiram para a cidade. Liz olhava para ele disfarçadamente. O que mais a fascinava nele era o olhar, nunca tinha visto uns olhos tão negros! Sentia-se hipnotizada por eles! Conhecera muitos homens e nunca se sentiu atraída por nenhum como por ele. Com ele, a parte mais atrevida dela vinha ao de cima!
- Estás muito calada.
- Desculpe Ariane.  Estava a pensar no baile.
- Vais gostar.  As mulheres usam os seus melhores vestidos e os homens exibem as suas conquistas!
- Imagino!
- Alexandros importas-te de nos deixar na praça?

Atenas fervilhava de gente, as lojas eram um entra e sai de turistas. Ariane precisava de chamar a atenção dela para seguir em frente. A cada passo encontrava algo de fascinante para ver. Atenas fora feita realmente para os turistas. Syntagma é um bairro cheio de lojas com coisas lindíssimas. mas Ariane preferia fazer compras no Golden Hall...a custo chegaram lá. Mal Ariane entrou na loja foi logo recebida, para surpresa de Liz falavam um inglês perfeito. O gerente apareceu e desfez-se em atenções com Ariane e Liz. Depois de muito debater a cor e corte do vestido deixou-se convencer por ele. Comprou um vestido preto sem ombros, e embora chega-se ao chão tinha uma racha até meio da perna! Adorou o detalhe da fita dourada em seda ao redor da cintura que fazia um laço no lado direito do vestido. Primeiro pareceu-lhe uma mistura de cores estranha mas quando o vestiu adorou ver-se com ele. O gerente insistia em que leva-se os sapatos dourados assim como uma pochete mas ela preferiu os sapatos pretos.a pochete essa podia ser dourada.
Ariane comprou um vestido azul escuro comprido com uma flor de brilhantes aplicada.
 Passaram no cabeleireiro e Ariane pediu para irem arranjar o cabelo delas a casa.
Depois disso levou-a a beber um café. Achou o café delicioso,a bebida era muito concentrada e servida em chávenas pequenas com ou sem pega. Comeu o melhor bolo de maçã e nozes de toda a sua vida, estava coberto de mel o que dava um toque especial ao bolo.

- Tens de visitar Atenas com calma e aproveitar as coisas boas que temos para oferecer.
- Um dia destes, quando já não precisar de mim e vier visitá-la.
- Se esse dia chegar, terei todo o gosto em receber-te.
- Claro que vai chegar!

Uma senhora vestida de preto aproximou-se da mesa e falou com Ariane em grego. Instantes depois estavam abraçadas e muito emocionadas.
- Desculpe Liz, que mal educadas! A minha prima não fala inglês.
- Não se preocupe com isso.
- Estivemos vinte anos sem nos falarmos...
- Quer que saía?
- Claro que não! Alexandros não deve demorar, podes ir com ele e conhecer Atenas.
- E deixá-la aqui sozinha? Claro que não.
- A minha prima convidou-me para almoçar e...ali vem ele.
Ariane levantou-se e dirigiu-se ao filho, parecia ter recuperado a vitalidade de outrora. Viu que Alex ficou agitado mas Ariane acalmou-o. Quando chegaram à mesa já estava decidido. Alex deixou a mãe e a prima em casa desta.
Fizeram a viagem em silêncio,Liz fingia apreciar a paisagem mas estava plenamente consciente de cada movimento dele. Era a primeira vez que estavam sozinhos, o coração dela parecia querer sair do peito. Enquanto ele estacionou o carro ela enfiou-se na cozinha precisava de beber água.
Alex entrou na cozinha e sem desviar os olhos dela aproximou-se mas sem chegar a tocá-la. Não era preciso que a toca-se, ela não conseguia fugir dele, sabia o que ele queria, o que ambos queriam! Como um íman, ela sentia-se atraída por ele.  Alex perdeu a paciência e puxou-a para ele. Brincou com a sua boca até ela gemer de prazer, empurrou-lhe a parte de cima do vestido para baixo e começou a exploração do corpo dela com beijos quentes e sedentos, a cada beijo dele acendia-se um rasto de fogo na pele dela.  Agarrou-se a ele como se a sua vida dependesse disso. As caricias dele estavam a deixá-la louca...despiu-lhe a camisa, precisava de sentir a pele dele contra a sua... Alex levantou-a com a maior das facilidades e sentou-a na bancada da cozinha. Sentiu as mãos dele no meio das suas pernas e instintivamente encolheu-se. Alex parou e olhou para ela sem dizer palavra alguma. Por instantes ela pensou que ele ia parar mas pegou-a ao colo e subiu as escadas. Entrou no quarto dele e deitou-a na cama.
- Se queres parar é agora...
Liz ficou confusa, parar?! Quem tinha força de vontade para parar agora?! Todo o seu corpo chamava por ele...agarrou-o pelo pescoço e deixou que o seu corpo falasse por ela.
Entre beijos e caricias Alex dizia palavras em grego. Quando Liz o viu sem roupa ficou sem ar, ele era tudo o que uma mulher imagina e muito mais. A boca de Alex apoderou-se da sua e ela deixou de pensar, apenas conseguia sentir...as mãos dele explorando o seu corpo e beijando-a em  locais que ela desconhecia ter. Estava preparada  para ele, não precisava que ele lhe pedi-se nada...o corpo dele encaixava na perfeição no dela, sabia que fora feita para ele, sentir Alex dentro dela dava-lhe  uma plenitude tão grande que gemeu, ele parou olhando-a, os movimentos foram retomados instantes depois primeiro como uma suave caricia e foram aumentando de intensidade até culminar numa explosão de prazer. Deixaram-se ficar entrelaçados um no outro alheios ao suor que escorria pelos seus corpos nus.

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