Os corpos nus repousavam abraçados. Ela, distraidamente, acariciava a cicatriz dele.
- Não te incomoda? - Agarrou a mão com que ela acariciava a cicatriz e beijou-lhe as pontas dos dedos.
- O quê? - Apoio-se no cotovelo e ficou a olhá-lo nos olhos.
- A cicatriz. - Voltou a pousar a mão dela, mas desta vez no peito -Pensei em retirá-la. Mas desisti, convém que não esqueça certas coisas.
- Uma vez, disseram-me que não devemos de ter vergonha das nossas cicatrizes, sejam elas físicas ou emocionais. Pois foi graças a elas, que nos tornámos no que somos hoje.
- Sábias palavras. Mesmo depois destes anos todos, ainda me doí quando lembro o motivo. -Calou-se e beijou-lhe o cabelo antes de continuar - Foi quando descobri que Ju tinha um amante. Soube depois que teve vários! - Um sorriso sarcástico desenhou-se no seu rosto - É engraçado, que mesmo que os sentimentos por alguém não sejam os esperados, existem coisas que não toleras. Podia ter relevado o assunto mas não, nesse dia, pedi a mota a um amigo e fui até onde a tinham visto. Não cheguei lá, um tipo qualquer não parou no stop. Só me lembro de ser abalroado e depois acordar no hospital. - Mexeu-se na cama - Quando resolvemos casar, porque estava grávida, concordámos que o casamento duraria, até que uma das partes encontra-se alguém que amasse ou simplesmente quisesse seguir em frente sozinho. A traição não fazia parte do acordo. Respeitei isso sempre. Bem, até tu apareceres. - Beijou-lhe a ponta do nariz - Quando lhe propus divorcio riu-se de mim, disse que eu devia de estar louco, se achava que ela ia abrir mão da vida que lhe proporcionava por causa de uma noite de sexo ocasional. E isso não contava como traição, afinal, o casamento era de conveniência. Foi aí que vi claramente o interesse que ela tinha em mim!
Pela expressão dele, o facto de ser de conveniência não mudava coisa nenhuma. A dor era a mesma.
- Sinto muito.
- Não penses que sofri com a traição! Apenas se sofre quando se ama! A única coisa que ficou ferida foi o meu orgulho. Senti-me um idiota! Só nessa altura, percebi que me mentiu, mesmo antes de casarmos. Estive no hospital por um mês e quando saí, a minha mãe me disse que ela abandonou a filha, em pleno centro comercial. Não podia sujeitar a minha filha a isto! Desisti de tentar que ela amasse a filha, mesmo sabendo que ela não ia aceitar, e que podia ficar sem nada, decidi acabar o casamento. Não tem sido fácil, mas com a ajuda de Vitor vou conseguir. Como recebi de herança a herdade dos meus avós, resolvi vir para aqui cuidar das vinhas. Achei que era um bom sitio para Rita crescer. - Puxou-a para cima dele - Se soubesse que estavas à minha espera tinha vindo mais cedo.
- E quem disse que estava à tua espera?!
- Eu.
-Convencido!
Foram separados por uma porção de pêlo macio.
- Mas que invasão de privacidade é esta?! - O animal ronronou ao toque dele.
- Devem de estar com fome. - Sentou-se na cama e apanhou a roupa do chão para se vestir.
- Nesse caso, não são os únicos. A última vez que comi foi ontem.
- Não acredito!
- Encontrar-te era muito mais importante. - Abraçou-a e beijou-lhe o pescoço - Vês porque tive de me afastar? Quando estou contigo, esqueço o resto do mundo. Tinha tanta coisa para resolver, mas só conseguia pensar em estar contigo. Esta manhã quando contei à minha mãe, ela...
- Tu contas-te à tua mãe?! Que vergonha! Que irá ela pensar de mim?!
- Tens de perceber uma coisa. Não tenho segredos para os meus pais, em especial para com a minha mãe. E ela já tinha uma opinião formada sobre ti. Desde que Rita lhe contou sobre como enfrentas-te a Ju!
- Não enfrentei! Apenas lhe disse umas coisas.
- Não desvalorizes o que fizeste. Nunca irei esquecer, a pequena figura de Rita, escondida atrás de ti, usando-te como se fosses um escudo! Lembro-me de pensar como era possível teres tanto carinho por alguém que não te era nada! Até Rosa, disse que nem quando viu uma obra de Picasso, sentiu uma sensação tão boa, como quando viu a cara da Ju a olhar para ti!
Ela lembrava-se bem desse dia! Nesse dia disse-lhe que isso não lhe dizia respeito!
- É melhor descermos. Aqui não consigo fazer o jantar. - Olhou para a gata - Vamos ver de algo para comerem! - Esta seguiu-a sem hesitar.
Abriu uma lata de sardinhas, que a gata devorou enquanto os filhotes bebiam leite. Cortou uns bifes que tirou do frigorífico e meteu o tacho ao lume. Uns cogumelos, juntaram-se aos bifes assim como a cebola picada. Tentava concentrar-se na confecção do risoto, a lembrança daquelas palavras ainda mexia com os sentimentos dela.
- Estás muito calada. O pouco que te conheço, é suficiente para saber que algo não está bem.
- Apenas não gosto de recordar essa cena. Aliás, não gosto de recordar nada que diga respeito a essa mulher. Ainda bem que, como tu disseste e muito bem, isso não me diz respeito!
Não conseguiu conter-se, à muito que estava a engolir aquelas palavras.
- Que queres... - Por instantes ficou a olha-la, depois, como se tomasse consciência do que aquelas palavras implicavam, beijou-a e abraçou-a - Desculpa. Acredita! Não o disse com essa intenção! Se pudesse voltar atrás... Tentei, por todos os meios, resolver tudo isto, sem envolver-te, sem envolver o resto da família. Mas não consegui! - Sentaram-se, mantendo as mãos unidas sobre a mesa - Nesse dia, ela queria voltar. Como não aceitei, disse que queria a casa, a minha casa! Felizmente tive o bom senso de a colocar no nome da minha irmã. Ficou furiosa quando lho disse. Aí gritou que me ia arrepender! Se ela soubesse como já estava arrependido! Já tinha concordado em dar-lhe a casa da praia e uma pensão! Não ia ceder em nada mais! Pensei que a tinha vencido. Mas dias depois contactou Vitor, queria a custodia da Rita!
- Espero que não tenhas cedido?!
- Claro que não! Mas a situação não estava a meu favor. Tu mesmo o disseste, é muito difícil um juiz retirar a criança a uma mãe. Sou homem, e com pouca experiência! E ela sabe ser muito convincente se a isso se propuser. Com medo de perder Rita, convidei-a a ir lá a casa. Disse-lhe que lhe dava tudo o que ela quisesse, sempre e quando deixa-se a minha filha em paz. Bastava-lhe fazer chegar ao Vitor o acordo, com as exigências que ela quisesse, que eu assinava. Acho que nunca a vi tão feliz!
- Mas essa mulher só pensa no dinheiro?! Eu nunca abdicaria da minha filha por nada deste mundo!
A tampa do tacho mexeu-se com o vapor.
- Não me quero intrometer nos teus domínios mas esse risoto, não estará a ficar cozido demais?!
- Ai meu Deus! Esqueci-me completamente! - Ainda bem que o lume estava baixo, o arroz estava cozido demais, mas não estava intragável. Juntou o queijo ralado e mexeu a medo. - Prometo fazer outro melhor.
- Uma promessa que me agrada. - Comeu uma garfada vagarosamente, mas as seguintes foram prontamente devoradas. - Isto está bem melhor do que eu esperava. - Serviu-se de outro prato.
- Ainda bem. - Mexeu o risoto no prato sem comer, estava nervosa demais. Precisava saber. -Quer dizer que a Ju, não vai ficar com a Rita?!
- Não vai voltar a incomodar-nos.
- Não tinhas concordado em dar-lhe a casa da praia e mais não sei o quê?
- Sim. Quando li o acordo, nem queria acreditar. Desejava o solar! Isso, nunca. Por isso chamei o Vitor, tinha dado a minha palavra, aceitei dar-lhe o que ela quisesse, é certo. Mas tudo tem limite. Felizmente, os meus escrúpulos são nulos no que diz respeito a Ju. Com a ajuda de Vitor e fazendo um pouco do jogo dela, consegui que ela concorda-se em ficar apenas com a casa de praia e o apartamento em Londres.
- O que fizeste?
- Fiz bluff! Disse que tinha provas da sua infidelidade, se ela insistisse nesta insanidade de exigências e se não abdicasse definitivamente de Rita, arrasaria com ela em tribunal.
- E ela não desconfiou?!
- Talvez, mas o medo, a dúvida era maior. Se as amizades dela, soubessem como ela é realmente... Duvido que continuassem a frequentar os mesmos círculos! Se ela não fosse tão materialista talvez saísse a ganhar disto. Mas exigia o solar. Ignorou de uma coisa muito importante. O solar é especial.
- Claro que é. Era dos teus avós!
- Correcção, já era especial, e depois da tua visita ficou mais ainda. - Ela corou - Eu adoro o solar e sei que tu também, por isso, nunca lho iria entregar. Foi lá, naquela salinha, que percebi o muito que te amava.
Pulou na cadeira, parecia que tinha levado um choque eléctrico. Ele tinha dito que a amava! A figura dele começou a ficar distorcida pelas lágrimas.
- Que foi?! Aconteceu algo?! - Ela apenas abanava a cabeça em sinal de negação.- Então, porque choras?!
- Tu amas-me?! - As lágrimas aumentaram.
- Claro que sim! Achas que vinha até este fim de mundo, por um mero capricho?! - Limpou-lhe as lágrimas e levou-a até à sala. - Pensei que isso tivesse ficado claro, quando te pedi que tivesses paciência.
- Paciência?!
- Antes de ir apanhar Rosa ao terminal de autocarros. Lembras-te?
- Sim. - Como esquecer?! - Pensei que o dissesses por causa da doença de Rosa.
- Era por mim. Pedi que tivesses paciência, para esperares, enquanto eu não resolvesse as coisas.
- Pensei que eu era, apenas uma forma, de te vingares de Ju.
- Nunca te usaria para isso. E doí-me pensar que aches que era capaz de algo assim.
- Desculpa.
- Sei que sentes algo por mim, está aí, espelhado nesses lindos olhos. - Colocou um dedo nos lábios dela - Vejo-o. Mas prometo ter paciência.
- Para quê?
- Para que estejas preparada para assumir que também me amas.
Ela repousava a cabeça nas pernas dele, enquanto ele brincava com os cabelos dela, que brilhavam sob a luz das chamas.
- Como soubeste onde estava?
- Tive a ajuda de dois anjos. - Enrolou uma madeixa de cabelo nos seu dedos - Bem, uma delas foi complicada mas venci-a pelo cansaço.
- Pelo cansaço?!
- É a melhor forma de vencer o inimigo, quando está cansado.- Beijou-lhe a testa- Sentei-me num canto e ameacei só sair de lá quando ela me dissesse onde estavas.
- Filipa.
- Quem mais?! E aqui, encontrei um casal simpático que me disse que gostavas de sentar-te junto à cascata.
De repente sentiu um vazio encher-lhe o peito.
- Amanhã tens de voltar para casa?
- Não sei, se interpretar isso como uma indirecta para ficar ou para me ir embora!
- Para ficar. - Estava um pouco envergonhada, por admitir que queria que ficasse.
- Acho que António pode cuidar das vinhas por uns dias.
- Ainda tenho a cabana por mais três dias.
- Tenho umas ideias que podemos por em prática. Apenas precisamos de lenha e uma cama. Bem, a cama podemos dispensar, desde que o sofá seja confortável.
Nos dias seguintes, a cabana foi testemunha do amor que os unia. Durante a manhã davam um passeio pela mata, ora abraçados, ora brincando, como se fossem dois adolescentes. As tardes eram passadas em frente à lareira. A maioria das vezes não falavam, ficavam abraçados a ver as chamas consumir os madeiros.
Ambos sabiam que, quando voltassem para casa, aquela intimidade terminava.
Ela perguntava-se constantemente, como seriam as coisas quando voltassem!? Como contar uma coisa destas à filha?! E aos pais dele?! Mesmo depois do divorcio como iam os pais dele reagir à relação deles?!
Tinham regressado à quase uma semana. Após a inicial alegria de dona Joana ao vê-la de regresso, tudo voltou ao normal, esta continuava calada a maior parte do tempo, e ela começava a ter imensas saudades de Anita. Resolveu fazer um chá e convidá-la para lanchar. Com a aproximação do quinto mês, a sua barriga devia de estar enorme. Já tinha visto uns fatinhos lindos que futuramente ia comprar.
Fez o bolo preferido dela, afinal estava grávida e não se nega nada a uma futura mãe. Mal tirou o bolo do forno a campainha soou. Atirou o pano para cima da bancada e foi abrir
- Olá. Meu Deus como estás redonda! - Anita estava linda, tinha as cores características das grávidas. - Olá! Dizes bem. Redonda! Nem vejo os meus pés.
- Continuam agarrados às pernas. - As duas riram.
- Já tinha saudades destas nossas conversas, estou sempre sozinha lá em casa.
- Eu também. Mas podes vir até cá, ou podemos combinar um lanche.
A conversa manteve-se por algum tempo. Anita estava nervosa com o fim da gravidez e não parava de fazer perguntas sobre como era. Nesse instante Fernando entrou interrompendo a conversa delas. - - Olá Anita, estás muito bonita.
- Bonita, senhor engenheiro?! Gorda!
- E desde quando a minha afilhada é gorda?! - Ele sorriu - Está a correr tudo bem?
- Sim, obrigada. Andamos a braços com os últimos preparativos.
- Vou deixar-vos sozinhas, tenho de ir a tribunal e depois ao solar. Espero voltar a horas de comer uma fatia de bolo.
Depois de Fernando sair, Anita ficou a olhar para ela uns instantes, sorriu e continuou a conversa. Desta vez sobre o bebé, convidou Ana e Miguel para padrinhos do bebé.
Anita deixou-a sozinha pouco tempo depois. Arrumou a cozinha e fez massa com frango para o jantar. Há medida que os dias iam passando, a ansiedade dela ia aumentando. Rita não tardava em voltar com os avós e a tia. Chegavam nesse fim de semana. Depois, voltava a dormir sozinha, agora costumava passar as noites com ele. Apenas Filipa sabia, e achava um absurdo ela fazer segredo disso. Mas ela não estava à vontade, não que tivesse dúvidas do que sentia por ele, mas tinha muitas reservas em relação à reacção de Ana.
A pastelaria que costumavam frequentar estava praticamente vazia. Sentou-se numa mesa num canto mais afastado da porta, e esperou por Filipa. Duas mulheres elegantemente vestidas, mas muito maquilhadas, entraram e sentaram-se perto dela. Falavam num tom de voz, que lhe permitia ouvir.
- Eu sei o que vi! É ela sim. Estava nas cabanas com o patrão!
- Tens a certeza?
- Claro. Escreve o que te digo, não demora muito a lançar-lhe o laço.
- Não há vergonha.
- Foram para longe. Onde não os conhecem. Como se isso apaga-se a pouca vergonha.
- Realmente este mundo está perdido.
- A pobre da esposa deve...
Não ouviu o resto da conversa, Filipa entrou nessa hora. Não comentou com a amiga a conversa que ouviu. Mas aquilo deixou-a a pensar. As pessoas iam pensar que ela, apenas estava a dar o golpe do baú! E quando soubessem que ele se estava a divorciar então é que os boatos iam começar. A ela pouco a prejudicava esses rumores, mas a ele?! E à família dele?! Sabia bem que nestas coisas, quem fica prejudicado é o lado mais pobre. Desta vez quando deixou a amiga não estava mais animada. Esses pensamentos acompanharam-na durante a viagem, e enquanto fazia o jantar para eles. As recordações que pensava ter esquecidas vieram à superfície como se tivessem acabado de acontecer.
Estavam casados à pouco mais de uma semana, quando o marido teve de sair em trabalho, o cunhado ofereceu-se para a ajudar no que fosse preciso. Na sua inocência, e como queria fazer uma surpresa ao marido, pediu-lhe para ir com ela comprar uns quadros que o marido adorava. Quando a deixou em casa, aproveitou a ausência do irmão para se insinuar, com bastante insistência, a ela. Mesmo tentando fugir, depressa se viu encurralada entre ele e uma parede, tentava beijá-la à força quando ouviu um carro parar lá fora. Aproveitou o descuido dele e refugiou-se no quarto de banho e só saiu quando se acalmou. Foi com alivio que constatou que o cunhado já tinha saído. Uns dias depois, ela era chamada a casa dos sogros. Um detective privado, que tinha sido contratado para seguir o cunhado, tirou umas fotografias, mais precisamente do momento que ela tentava esquecer a todo custo. Não dava para perceber a cara de nojo e desespero dela. Apenas se via dois corpos entrelaçados!
O sogro, depois de a acusar de ter casado por interesse com o filho mais velho, avisou-a que não espera-se dele nem um tostão. E no que dizia respeito ao filho, faria de tudo para que ele viesse a conhecer verdadeiramente a mulher com quem tinha casado. Mulher do nível dela, só servia para namoriscar, um namoro de verão, quando muito uma amante, nunca para esposa. Mas como o filho não lhe deu ouvidos e caiu na rede dela, ele tinha de se precaver. Assim, se ela um dia, tenta-se aproveita-se financeiramente do marido, essas fotos seriam usadas contra ela, o mesmo se sucedia se quisesse separar-se, pois, contrariando os desejos do pai, em caso de divorcio ela tinha direito a metade do que era dele. Ela que não se iludisse, ele não hesitaria em usar essas fotos para proteger os seus. E sendo o cunhado, um jovem promissor no mundo dos negócios, quem seria prejudicada era ela. Saiu do escritório o mais depressa que pode. Não queria acreditar na armadilha que os seus sogros lhe tinham preparado! Futuramente podia precisar de dinheiro, mas nunca iria recorrer àquela família. Nunca contou isso ao marido, e nas ocasiões que se encontravam, evitava estar a sós com eles. Era muito nova quando casou, mas tinha valores que os seus pais lhe tinha incutido! Mesmo depois dos sogros falecerem, não voltou a ter contacto com o cunhado, e até hoje não se falavam.
Os ricos não confiam nos pobres, dissera o pai uma vez. Ele tinha razão. E pensar que enfrentou o pai para se casar, e que esteve sem o ver até quase ao fim da vida dele. Foi quase nos últimos dias de vida do seu pai que voltou à casa que a viu nascer. O seu pai foi a única pessoa a quem ela confiou o seu segredo.
Era isso que a levava, a ter medo de contar a Fernando tudo o que lhe ia na alma. A família dele era das famílias mais influentes na região, a sua fortuna provinha de vários empreendimentos hoteleiros, que estavam espalhados por toda a Europa, estavam na família à várias gerações. Apenas o avó de Fernando, e agora ele se dedicaram ao cultivo das vinhas. Precisava de saber que acontecera com as fotografias. Só depois podia seguir com a sua vida. A incerteza do fim das fotografias deixava-a muito nervosa, se caíssem em mãos erradas podiam arruinar a reputação da família dele. E isso ela não podia permitir! Devia deixar as coisas como estavam, continuar como sua amante era bem mais simples. Mas bem mais penoso para o seu coração!
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