Timy brincava na manta com uma caixa de legos, enquanto ela lia um livro. Viu-o deitar-se na manta e esticar a mãozinha para agarrar a peça que lhe fugiu, mas não conseguiu. Deixou-o tentar sozinho, mas manteve-se alerta, caso fosse preciso. Timy firmou os joelhos no chão e levantou o rabo, a pouco e pouco foi ficando de pé, assim que conseguiu, agarrou-se à mesa. E perante o olhar incrédulo dela, começou a dar os primeiros passos sozinho! Su vibrava com cada passo, como se ele fosse realmente seu filho.
Sentiu pena de Michel, estava a perder os primeiros passos do filho. Mas sabia que, quando lhe conta-se, ele ia ficar tão feliz como ela. Ajudou Timy a dar uns passinhos pela sala. Após algumas voltas ficou esgotado, e acabou por adormecer.
Su sentou-se no sofá, a olhar aquele ser humano tão pequeno e indefeso, que acabava de dar os primeiros passos neste mundo cruel.
De repente lembrou-se. Para a semana Timy fazia um ano. Doía-lhe pensar, que o menino ia fazer um ano, e os pais não estavam ali para comemorar. Tinha-a a ela e a Michel, mas não eram os pais. E embora, Michel fosse ficar para sempre, ela um dia tinha de partir. O que a deixava de coração destroçado. Não adiantava estar a pensar nisso, apenas tinham passado umas semanas, ainda faltava muito tempo para isso acontecer. E se tudo continua-se como até agora, não havia motivos para ela querer partir.
Estava a trabalhar para ele à quase três meses, e embora ele passasse a maior parte do tempo em casa, viver com ele revelou ser menos stressante do que ela imaginou ao início. Ele passava muito tempo no escritório, e quando estavam juntos, mantinha a conversa em redor de Timy, respeitava o espaço dela e não voltou a tentar uma aproximação. O que gerava um conflito de sentimentos no seu interior, por um lado sentia-se desiludida por ele ter desistido de a beijar, por outro, deixava-a mais tranquila. O clima entre os dois era calmo e ela sentia-se segura, pelo menos durante o dia, já as noites revelaram ser mas agitadas. Os sonhos, esses, eram cada vez mais ousados, na sua maioria, ela procurava-o e beijava-o. Chegando mesmo, a entrar no quarto dele vestindo apenas uma sensual camisa de noite. E sob o olhar atento dele, tomava a iniciativa, o que a deixava furiosa consigo mesma.
Ainda pensava na influência, que ele tinha sob os seus sonhos, quando ele entrou em casa.
- Timy está a dormir?! Está doente? - Michel deixou a pasta em cima de uma cadeira e colocou a mão na testa do filho. - Não está quente.
- Não. Está apenas cansado. - Su sorria - Temos uma surpresa para ti.
- Não gosto de surpresas.
- Desta, acho que vais gostar, qualquer pai gostaria. - Su olhou para ele, tinha o sobrolho ligeiramente franzido, parecia cansado - Estive a pensar, para a semana ele faz um ano. Ainda é muito pequeno para festas, mas não podes deixar passar esta data...
- Concordo. Pensas-te em algo?
- Podias ir com ele a qualquer lado, ao parque, ao jardim zoológico...
- Tenho uma ideia melhor. Que tal se fossemos passar o dia, ou parte dele ao zoológico?
- Foi isso que eu disse!
- Não foi não! Passo a citar: Podias ir... E eu disse, podemos ir! Percebes a diferença? Nós. Eu, ele e tu. Ou tens planos? Sei que ficavas de folga nesse dia, mas tinha a esperança que podias deixar para o dia antes ou depois.
- Não. - Su falava baixo, quase sussurrava
- Não?! - Michel franziu mais o sobrolho - Compreendo. Terás planos melhores que...
- Não tenho planos. - Ela sensibilizou-se por ele a incluir no passeio de aniversário de Timy. - Gostaria imenso de ir.
Michel olhou-a nos olhos, a sua expressão suavizou-se um pouco. Ela compreendia muito bem, ele devia de ter receio de passar sozinho,um dia fora com o menino. Afinal, ainda não tinha muita experiência. E agora que ele andava...
Timy acordou e fez questão que todos o soubessem. Su, foi apanhá-lo sob o olhar de Michel. Mudou-lhe a fralda e deu-lhe o lanche. Michel continuava a observar a cena. Quando Timy terminou de comer, colocou-se com ele a uma certa distância de Michel.
- Vamos Timy, vai ao pai.
E Timy, com passinhos pequenos e trémulos foi caminhando em direcção a Michel, que observava a caminhada comovido.
- A partir de agora, não vai ficar sossegado, por isso, prepara-te para o procurares. - Su tentava esconder a sua emoção.
- Pensei que essa tarefa, era da tua responsabilidade.
- Mas algumas vezes será tua.
Timy não parou, ora andava, ora caia de rabo, andou assim pela sala toda, até que acabou cansado, e se rendeu aos legos. Michel passou o resto da tarde no escritório e ela a cuidar de Timy. Como brincou em vários sítios, cansou-se com mais facilidade, isso ajudou a que adormece-se mais cedo. Lavou a tigela da sopa dele e foi até ao jardim. Gostava de sentir o ar frio na cara, aquela sensação de liberdade que só a natureza nos dá... Um trovão ouviu-se ao longe. Deus estava zangado... Pelo menos, era o que a sua avó lhe diria, se ali estivesse. Limpou uma lágrima teimosa. A sua avó tinha sempre uma explicação para o que acontecia. Como quando Martim a deixou, ele não era a meia laranja dela! Porque segundo a avó, todos tinham uma meia laranja em algum lado. Simplesmente, ás vezes está longe, e acabamos por nos prender a quem não é, apenas aparenta ser, por isso à tantos divórcios. Que explicação daria a avó, se soubesse o que Martim lhe disse?! Possivelmente que ele era um meio limão!
- Não tens frio?
Su negou com a cabeça, e continuou a olhar o céu, que era iluminado por uns relâmpagos ocasionais. Percebeu que ele estava atrás dela, olhando o céu também.
- Timy adormeceu cedo. O que é normal. Agora que aprendeu a andar, cansa-se com mais facilidade.
- Ele não devia de saber falar?
- Cada um têm o seu ritmo. Queres jantar?
Su entrou sem esperar resposta, ele ainda ficou lá fora, A cozinheira deixava tudo pronto, ela era só servir. Colocou a mesa na cozinha, costumavam comer ali, ele preferia e ela não contestou. Podia acostumar-se a viver assim. Ela e Michel... sentiu as faces aquecerem... A sua mente, ultimamente divagava muito. Um simples gesto, era o suficiente para ela sonhar acordada... Sonhava com uma vida a dois com ele... Mas depois lembrava-se de Martim e o sonho esfumava-se! Assim como Martim, Michel tinha desejos e necessidades. Agora que pensava nisso, lembrou-se que desde que ela estava ali, ele passava as noites em casa e a maior parte das tardes também! Teria uma mulher escondida algures?! O seu coração não gostou da ideia.
- Temos problemas?
- Problemas?! - Gostava da forma como ele a incluía nas coisas, falava sempre no plural - Acho que não, porquê?
- Porque está a pensar, e pela tua expressão nada de bom!
- Como sabes que estou a pensar? - Su tirou do forno a travessa e colocou-a na mesa
- Quando é que uma mulher não pensa?!
- Nada de mais. - Decidiu ser sincera, mas sem expor os seus sentimentos - Estava a pensar, que talvez estivesse na hora de arranjares uma mãe para Timy.
- Não foi isso que fiz ao contratar-te?
- Eu, um dia tenho de partir. Refiro-me a uma mãe de verdade, alguém que tu ... - As suas faces ficaram vermelhas - Tu percebes... Se tens namorada e quiseres ficar em casa dela... - Voltou a sentir o calor na sua cara - Basta avisares, não me importo de ficar sozinha com Timy.
- Não tenho. - Ele olhava divertido para ela - Mas obrigada por me dares autorização para tal.
- Oh! Não foi isso... Eu não queria... - Envergonhou-se, quando percebeu que estava a ser ridícula!
- Timy gosta de ti, e fazes um óptimo trabalho. Porque não podes ficar?
- Um dia tenho de ir. - Porque um dia vais querer trazer uma mulher para cá, e eu não vou aguentar. Acrescentou mentalmente - Sabes isso tão bem como eu.
- Isso não é razão. Tens namorado?
- Não. Não tenho ninguém.
- Então, não vejo o motivo desta conversa.
A conversa terminou ali, depois de limparem a cozinha, coisa que ele insistia em fazer com ela, foi para o escritório. Ela viu televisão até que deitou Timy, e ficou no seu quarto a ler até adormecer, mas algo a acordou a meio da noite, ficou sentada na cama. tentando perceber se foi um sonho. Resolveu ir ver como estava Timy, dormia tranquilo, e no corredor não se via ninguém. Desceu, a casa estava no mais profundo silêncio. Devia de ter sonhado. Voltou para a cama, mas foi impossível conciliar o sono. Passou a noite sentada junto à cama de Timy, a pensar, em como gostava de estar ali. Nestes últimos dias, percebeu que gostava da companhia dele, mais do que queria admitir. Mas ela não era mulher para ele, sabia isso muito bem. Ele devia de procurar uma mulher que não fugisse dele, que correspondesse, melhor que ela aos beijos e partilha-se a sua cama... Timy acordou, acabando com a sua divagação.
- Olá, pronto para mais um dia?! - Timy balbuciou algo incompreensível.
Brincou com Timy um pouco, enquanto preparava a água para o banho, o riso dele ecoava pela casa de banho.
- Temos de fazer menos barulho. - Mas Timy ria ainda mais alto - Assim acordamos o pai!
- Já está acordado.
Su olhou para trás e Michel estava encostado à porta sorrindo, pelo aspecto tinha acabado de dar duche. Vestia uma t-shirt preta que deixava os músculos em evidencia. Lembrou-se da sensação de estar nos braços dele. Sentiu-se corar, e voltou a atenção para Timy.
- Desculpa. Não era minha intenção, não sei o que se passa com ele.
- Está alegre. É hoje que me ensinas a dar-lhe banho?
- Se quiseres...
Michel seguiu as instruções dela à risca, despiu-o e lavou-o. Depois sentou Timy na água e deu-lhe os brinquedos. Su deu uns passos atrás.
- Vais deixar-me aqui sozinho?
- Não, apenas me afasto um pouco.
- Por...
A frase foi interrompida por uma mini onda, que o atingiu na cara, molhando tudo ao seu redor. Su não conseguiu evitar sorrir. E Timy achou tanta piada à cara dele que voltou a bater com as mãozinhas na água. Depois de muitas mini ondas e com a t-shirt completamente molhada, Michel pediu a toalha para o limpar, e entregou-lho para o vestir, enquanto ele ia tomar um novo duche.
Nos dias seguintes, Michel passou mais tempo em casa, ela dava por si a observá-lo a brincar com Timy. Tinha mudado a sua opinião sobre ele. Já não o achava um machista prepotente nem arrogante. O que nutria por ele, era uma mistura de sentimentos, sentimentos, que a deixavam confusa. Sentia-se segura com ele ali, e desejava poder ser, a mulher sensual,que ele imaginava que ela era. Desejava não sentir o coração pequeno, cada vez que ele saía. Gostava de ser a mulher que o fazia desejar, regressar a casa. Mas sabia que nunca seria nada disso. Apenas seria a mulher, a quem ele pagava um ordenado exorbitante para cuidar do seu filho. E saber isso, levava-a a pensar que motivos tinha ele para esconder que tinha adoptado Timy? Porque ele não se defendia dos ataques que a imprensa lhe fazia?! Se sempre pensou adoptá-lo, porque não veio buscar o menino, quando os pais deste morreram?! Porque permitia, que pensassem que ele não queria o menino, que o deixara aos cuidados de uma instituição?!
Num inicio de tarde, o seu telemóvel tocou, era Rita.
- Olá. Pronta para a tua noite de liberdade? Não te esqueces-te que vamos a um jantar com uns amigos.
- Olá. Não me esqueci. Mas não posso, surgiu um imprevisto. - Preferia passar a folga, mais uma, a brincar com Timy que a fingir interesse na conversa dos amigos de Rita. - Timy aprendeu a andar e precisa de mais atenção.
- Se aprendeu a andar é mais fácil.
- Sabes que não é bem assim.
- O que sei, é que, as tuas folgas, são passadas aí! Estás a evitar-me.
- Digamos que, evito os homens, que escolhes para me acompanhar. - Ela ficou vermelha, ou ver que Michel, passou nesse instante pela sala.
- Um dia vais arrepender-te. Vais ficar velha e depois ninguém está interessada na tua virgindade. O único macho que vai querer partilhar a cama contigo, será um gato.
- E achas mal?!
- Acho pois! - Rita estava furiosa - Se soubesses o trabalho que tive para o convencer...
- Vês?! Tiveste de o convencer.
- Claro! Todos sabem que não dás, uma segunda oportunidade! E os mandas para casa na primeira, ao menos podias...
- Rita, és um amor. - Su interrompeu a amiga - Sei que te preocupas comigo, mas por favor, deixa esse assunto de lado.
- Muito bem, depois não digas que não te avisei.
- Beijinhos.
Su ficou sentada a olhar o telemóvel, nunca tinha aproveitado uma folga, preferia estar ali com Timy, e com Michel, se fosse sincera. Mas a sua amiga tinha razão. Tinha de sair, passar tempo com alguém que não fosse um bebé e um homem que apenas estava ao seu alcance em sonhos.
- Posso falar contigo? - Michel levantou a vista do computador.
- Diz.
- Se não te importasses, queria sair. Por umas horas apenas. Sabes que sempre passei aqui as minhas folgas, e não me estou a queixar. Foi opção minha, apenas quero umas horas, nada mais. Ao anoitecer estou cá, ou antes.
- Claro. Não tem problema, eu dou o jantar a Timy.
- Obrigada.
Vestiu-se como se tivesse um encontro, e tinha, um encontro com ela própria. Sob o olhar atento dele, deu um beijo a Timy e saiu.
Passou a tarde no centro comercial, viu um filme, escolheu um romântico,"Enquanto você dormia". Chorou praticamente todo o filme. Comeu um gelado e ao início da noite, deu um passeio pela avenida até à praça, onde apanhou um táxi.
A casa estava na mais profunda escuridão, olhou o relógio no pulso, ainda não eram nove horas. Passou mais tempo fora, do que aquele que pretendia inicialmente, precisava de estar a sós, fazer o que ela gostava, e não o que os demais queriam que fizesse. Gostou da sua tarde de folga, e provou a si mesma, que não precisava de um homem para ser feliz.
Subiu para ver se Timy, dormia, aconchegou-lhe a roupa e fechou a porta lentamente. Quando se voltou, ficou a escassos centímetros de Michel. Olhava para ela como se fosse a primeira vez.
- Está tudo bem? - Su desviou o olhar do dele. Mas ele, segurou-lhe o rosto de modo, a manter o olhar fixo no dela.
- Lembras-te de dizer que era paciente? - Ela acenou, e sentiu um aperto no coração. - Acho que, tenho menos paciência, do que aquela que imaginava.
Michel tomou-a nos braços e beijo-a. Su abriu os olhos, queria afastá-lo, mas ao mesmo tempo queria estar ali. Ele não precisou de a forçar, o beijo terno e carinhoso ganhou a batalha e ela rendeu-se. Gostava do que sentia, do que ele a fazia sentir. Não sabia, como reagir a estas coisas novas, por isso, deixou que o seu corpo responde-se. E a sua boca sabia como responder. Quando o beijo se intensificou e ela gemeu, ele aliviou a pressão na cintura. Colocou a mão na nuca dela e beijou-lhe o pescoço, o que a deixou desarmada. Sentiu algo no seu interior, algo completamente desconhecido para ela. As palavras de Martim soaram na sua cabeça: Nunca serás capaz de satisfazer um homem!
Não conseguiu evitar as lágrimas, o que deixou Michel surpreendido.
- Desculpa... não consigo!
Su procurou refugio no seu quarto. Deixando-o no corredor.
- Su, abre. Precisamos falar.
- Falamos amanhã.
- Estás bem?
- Sim. Boa noite.
- Su?!
Su deitou-se sem se despir. Deixou que as lágrimas lavassem a sua alma. Se houvesse forma de voltar atrás ela não hesitaria! Preferia nunca ter conhecido Martim, ele, da forma mais cruel, tinha deixado uma ferida bem profunda, uma que nunca iria cicatrizar. E que ela revivia, a cada nova aproximação masculina...
Nessa noite a sua avó estava em casa da amiga, Martim tinha tudo preparado. Encomendou o jantar, que foi à luz das velas, comprou-lhe rosas vermelhas, escolheu uma musica romântica... Depois de jantarem, dançaram, os beijos esses sucediam-se, ela, com apenas 19 anos deixou-se deslumbrar pelas palavras bonitas e pelas flores. Quando, meio envergonhada se despiu, ele teceu rasgados elogios, ao seu corpo curvilíneo, aos seus lindos olhos verdes, aos seus cabelos... tudo nela era perfeito. Tudo, até que a deitou na cama. Arrepiava-se só de se lembrar... beijou-a e sem mais, desviou-lhe as pernas e colocou-se dentro dela. Ela sentiu uma dor crescente, que percorreu todo o seu interior. Ela sabia que ia ser doloroso, já lho tinham dito. Deixou-se ficar quieta, pedindo para que termina-se. Mas quando terminou, a situação não melhorou, pelo contrário, piorou. Ela assustou-se ao ver um pouco de sangue na cama. Martim desvalorizou o sangue e desapareceu nessa noite. Limpou a cama enquanto pensava se era assim o sexo, como as mulheres aguentam tantos anos aquilo?! Ela, preferia nunca ter. Quando ele volta-se, era isso que lhe iria dizer, e que quando casassem, ele podia ter outras mulheres, ela não queria aquilo, mas ele não voltou. Determinada, procuro-o, precisava saber, porque tinha desaparecido.
Ele riu-se dela, e disse-lhe coisas horrorosas, coisas que preferia esquecer, mas que não conseguia.
No meio de tudo, o que mais a magoou foi dizer-lhe, que dormir com uma boneca, era mais animado que com ela. E que ela nunca iria satisfazer um homem!
Ouvia as conversa de Rita, de como delirava com as caricias do namorado, de como se sentia afogueada só de pensar em estar com ele. Mas ela nunca sentiu nada daquilo. A sua única vez resumia-se a um fracasso total. Talvez com outro homem fosse diferente, mas e se fosse igual?! E se voltassem a dizer-lhe tudo aquilo ou pior?! Não podia arriscar.
Muito bom beijinhos
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Obrigada linda :)
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