quinta-feira, 2 de março de 2017

ENGANOS 2ª PARTE



Christina observou-o aproximar-se da porta para voltar a pedir a James que chama-se as autoridades. Ainda não estava em si, ele não permitia que se explica-se! Quando se voltou ficou a olhá-la com um olhar de desprezo. Apesar da enorme vontade de chorar manteve o olhar dele. Não tinha feito nada de mal, apenas foi fazer um favor a uma amiga e que era funcionária dele. Ele percorreu o corpo dela com o olhar, demorando um pouco mais nos seus lábios e no seu peito. Christina esfregou as mãos nas pernas bem delineadas pelas calças de ganga. Aquele descarado escrutínio da parte dele, estava a incomodá-la.
Ao longe começou a ouvir-se o choro desesperado de uma criança, que pouco a pouco se foi aproximando do escritório.

- Mas que se... - O dr. Lond entrou no escritório com Yorin ao colo, que ao vê-la estendeu os braços e deu o seu choro por terminado - Christina?!
- Dr. Lond. - O gesto de Christina, para apanhar Yorin, foi interrompido por Richard, ela baixou os braços resignada. - Importa-se de explicar ao seu filho que não sou nenhuma ladra?!
- Ladra?! - O dr. Lond olhava incrédulo para o filho - Richard, que se passa aqui?
- A sua amiga tentava roubar-me.
- Não digas disparates! Christina era incapaz disso.
- De onde a conhece?! O pai vê uma mulher bonita e pensa que está perante um anjo.
- Olhe aqui...
- Você apenas vai falar quando chegar o delegado. Até lá...
- Chega! - O dr Lond levantou a voz - Christina cuidou um mês da tua sobrinha e se entrou nesta casa seguramente teve um bom motivo.
- Como cuidou de Yorin?! Onde estava Ana?
- Ela disse que não podia ir, que Christina ia substitui-la. E deixa-me dizer-te, fez um belíssimo trabalho. - Ignorando os protestos do filho foi ele que lhe entregou Yorin - Como podes ver a tua sobrinha gosta imenso de Christina.

Por alguns minutos ele ficou olhando para ela enquanto a Yorin levava as mãozinhas à cara dela e sorria ao puxar-lhe os cabelos compridos.

- Vou pedir a James para dizer ao delegado que foi um engano. - O dr. Lond caminhou para a porta do escritório - E para trazerem café.
- Se não entrou aqui para roubar - Richard sentou-se no tampo da secretária - Diga-me o que veio fazer.
- Ana pediu-me para apanhar um envelope.
- E porquê?!
- Porque se esqueceu de o levar. - Christina olhou para ele firmemente - Era para o levar para os correios, como lhe pediu...
- Se começava a acreditar que não veio roubar, deixei de o fazer. - Richard levantou-se e caminhou na direcção dela - Pode ter conquistado a minha sobrinha e até o meu pai, mas a mim não me engana.
- Ora essa! Estou a dizer a verdade, Ana pediu-me que...
- Enviar qualquer coisa através dos correios é coisa que raramente faço, mas quando isso é necessário não é Ana que o faz. Ana é apenas ama de Yorin. Deixe-me dizer o que penso que aconteceu, quando aqui esteve, na minha ausência, viu uma peça rara e reconheceu-a. Como era pequena tentou a sorte e foi bem sucedida...
- Nunca na minha vida roubei! - Christina calou-se ao perceber que não o conseguia convencer.
- Como estava a dizer - Ele continuou  - Durante o fim de semana que esteve aqui, aproveitou a oportunidade e fez bom dinheiro. Tanto que pensou tentar novamente. Mas não contava com a minha presença.

Ele tinha razão, não contava com a presença dele, se soubesse que ele estava ou o dr, tinha pedido para falar com um deles, mas ele não ia acreditar nisso. Sentindo-se encurralada baixou a vista para Yorin, esta adormecera agarrada aos seus cabelos. Como um ser tão querido tinha um tio tão odioso?! Precisava de tempo para pensar em algo que o levasse a acreditar nela. Pelo menos tinha de tentar.

- Yorin adormeceu, é melhor levá-la para a cama.
- É melhor, e depois vamos resolver esta questão. - Ele estendeu os braços para apanhar a sobrinha mas desistiu - Se esteve aqui para cuidar de Yorin sabe onde fica o quarto dela.

Ele duvidava que tinha cuidado de Yorin?! Aquilo era um teste?! Se fosse ia provar-lhe que estava enganado, em tudo!  Levantou-se com cuidado para não acordar a pequena, encontrou uma empregada nas escadas que se prontificou a acompanhá-la. Pensou que ele tinha pedido para a vigiarem, mas a rapariga deixou-a sozinha depois de abrir a cama de Yorin. Adorava ver Yorin dormir, e apesar da situação, percebeu que sentira saudades dela.
Pensou na situação em que se encontrava, aquela situação parecia digna de um filme. Reconheceu que a situação era algo estranha. Que faria ele?! Que queria dizer com resolver a situação?! Insistiria em chamar o delegado?! Apagou a luz quando confirmou que Yorin dormia profundamente. Desceu as escadas como se fosse um condenado à cadeira eléctrica. Que poderia dizer ou fazer para que acredita-se nela?! As vozes do dr. Lond e do filho tornavam-se mais perceptíveis ao aproximar-se do escritório.

- Não acredito que Christina seja capaz de tal acto.
- O pai é demasiado condescendente.
- Acho que ainda sou capaz de julgar as pessoas.

Christina bateu na porta aberta antes de entrar.

- Christina. - O dr. Lond levantou-se e acompanhou-a até ao sofá - Café simples?!
- Obrigada. - Não estava com vontade de beber café, mas achou de má educação recusar a gentileza dele - Yorin dorme profundamente.
- Ficou contente de a ver. Hoje levou o dia a chorar sem motivo.
- Pai! Não estamos aqui para falar de Yorin.
- Porque não?!  Mesmo não querendo até tu tens de reconhecer que Christina conseguiu que se acalmasse.
- Sim, admito. Mas Yorin... - Uma batida leve na porta interrompeu-o - Sim?!
- Desculpe. Uma chamada para o dr.
- Obrigada James. - O dr Lond pousou a chávena na mesa - Vou atender na sala.

Ele sentou-se à secretária e começou a remexer nos papéis, Christina bebericou o café em silêncio, o que ele estaria à procura?! Quando o silêncio parecia demasiado pesado, tossiu, tentando chamar a atenção dele, mas ele ignorou-a.

- Peço desculpa. Mas não penso ficar aqui a noite toda. - Christina sentia um suor frio correr-lhe pelas costas - Sei que não acredita em mim, mas pode telefonar a Ana, ela certamente...
- Ela não atende. Acaso acha que não iria confirmar?
- Possivelmente está a dormir.
- Coisa que eu também devia de estar a fazer. Mas vamos ver se resolvemos as coisas da melhor forma para todos. - Ele calou-se, agarrou o envelope e mete-o na gaveta - Já percebi que conquistou o meu pai e a minha sobrinha, se insisto em fazer queixa de si, o mais provável é o meu pai nunca mais me perdoar. Por isso vamos tentar resolver sem a presença de terceiros. Como deve de imaginar, não estou disposto a perder o dinheiro da peça que "levou" na sua última visita. - Ele levantou a mão quando ela abriu a boca, impedindo que falasse - O tempo foge-me das mãos e devido a isso tenho ponderado contratar alguém para me ajudar a catalogar os artigos para os leilões.
- Leilões?!
- O meu pai disse que está desempregada, por isso amanhã começa a trabalhar para mim. Vai trabalhar até pagar o que levou. Receberá mensalmente, lógico que lhe vou descontando todos os meses uma verba, afinal não queremos que lhe falte para as suas obrigações financeiras. No fim do dia terei um contrato para assinar. Se por algum motivo se negar apresento queixa ás autoridades.
- Não tem medo que o roube?! - Christina não resistiu.
- Será difícil. O seu local de trabalho é aqui, neste mesmo escritório, chegará antes de eu sair para lhe designar as tarefas e não sai daqui sobre nenhum pretexto, James encarrega-se de a vigiar, só volta para casa depois de eu chegar, para confirmar que não leva nada que não lhe pertença.
- Vai revistar-me?! - Christina fulminou-o com o olhar.
- Se for necessário. - Richard manteve o olhar dela - Mas esperemos não ser obrigados a tão desagradável tarefa.
- Mais alguma coisa?! - Christina queria mandá-lo plantar urtigas, mas era melhor ficar calada, a situação não estava boa para ela - E Yorin?!
- O que tem Yorin?!

Christina pensou dizer-lhe que Ana não ia cuidar de Yorin e como ela gostava da pequena, podia contar com ela, mas decidiu que ele não merecia que lhe facilita-se a vida.

- Nada. - Mentiu - Esqueci que Ana cuidará dela. Posso ir para casa agora?!
- Sim. Mas não se esqueça, amanhã estará à minha disposição. Não preciso de lhe lembrar o que a espera se faltar à sua palavra.
- Nunca faltei às minhas responsabilidades.
- Assim espero e sobre o roubo da peça, espero que não comente com o meu pai. Não precisamos de destruir a imagem que ele tem de si.
- Devo agradecer-lhe a atenção?!

Christina saiu do escritório mal fez a pergunta e se ele respondeu, ela saiu sem ouvir.  Estava demasiado furiosa, com ele, com Ana e principalmente consigo própria.
Despediu-se do dr. Lond que falava com James e voltou para casa. Àquela hora foi difícil apanhar um táxi. Tirou o telemóvel da mala e ligou para Ana, mas ela não atendia, tentou por mais algumas vezes e desistiu. Ana tinha muito que explicar, para começar porque lhe tinha mentido a respeito do envelope, o que continha e que peça ela supostamente tinha roubado. Quando o táxi parou em frente ao prédio onde tinha o apartamento, reconheceu o carro de Joss, Ana saiu assim que ela chegou à entrada.

- Porque demoraste tanto?!  - Ana falava sem respirar - Podes dar-me o envelope?!
- Não.
- Não?! Onde está?!
- Com o dono.
- O dono?!
- Sim. Acho que me deves uma explicação.
- Eu?!
- Claro que tu! - Christina não reconhecia a amiga - Quero que me expliques porque me mentiste entre outras coisas, mas aqui não é o local.
- Não posso subir, Joss tem ... - Ana começou a chorar - Desculpa, eu não...
- O que se passa?!

Mas Ana já estava junto ao carro de Joss. Antes de entrar olhou para ela mais uma vez . Pelos gestos da silhueta que se vislumbrava dentro do carro, percebeu que ele não gostou do facto de não levar o envelope, pouco depois saiu do carro e dirigiu-se a ela.

- Um miserável envelope!  - Joss agarrou-lhe o pulso - Era assim tão complicado?!
- Solta-me! - Christina tentou soltar-se - Solta-me ou começo a gritar.
- Tanto trabalho! Tudo tão bem planeado... - Joss soltou-a - Era entrar e sair.
- Eu disse-te que o dr. Richard ia descobrir. - Ana juntou-se a eles - Se tivéssemos feito como...
- Era arriscado. - Joss passou a mão na cabeça - Apenas tinha de tirar o envelope.
- O envelope não é vosso! - Christina nem queria acreditar no que ouvia. - Ana podes explicar-me?!
- Eu... - Ana fixou a vista no chão.
- Ele tem imenso dinheiro. - Joss voltou a segurá-la - Achas que nota a falta de uma pintura?! Nem tinha a certeza se era verdadeira.
- Do que estás a falar?
- Joss, por favor. - Ana puxava-o pelo braço - Deixa-a. Ela não...
- E pensar que te meti lá para nos ajudares! - Joss soltou-a abruptamente - Vamos, temos de partir.

Christina ficou na entrada observando o carro que se afastava na estrada deserta. Entrou em casa sentindo o pulso dorido. Quando vestiu o pijama notou que estava vermelho naquela zona, em pouco tempo teria um hematoma. Ligou o computador, a conversa atribulada de Joss sobre uma pintura deixou-a intrigada. No que estava envolvida a sua amiga?! No mínimo era roubo, mas de quê? Sabia que tinham roubado uma peça valiosa, mas desconhecia que tipo de peça era.
A pesquisa sobre pinturas foi muito extensa e não a elucidou em nada. Mas quando introduziu o nome de Lond, associado a leilões, ficou a saber algo mais.

Segundo o site, Richard Lond era dono de uma famosa leiloeira de antiguidades, comprava e vendia todo o tipo de antiguidades, pinturas, cerâmicas, moveis... Lucrava bastante com as vendas e se os artigos estivessem devidamente autenticados valiam pequenas fortunas. Eram descritas algumas das peças que já tinha vendido e os seus preços. O que a deixou boquiaberta, a julgar por aqueles preços, teria de trabalhar a vida toda para pagar a suposta peça que roubou! Entre as pequenas fortunas, estava uma carta de amor que supostamente Napoleão tinha escrito à sua amada Josefine. Os artigos eram variados, mas nada que lhe desse uma pista sobre a peça ou a pintura que Joss convenceu Ana a roubar. Desanimada desligou o computador e meteu-se na cama. Estava nas mãos dele! Ninguém iria acreditar que ela não sabia da existência da dita peça e que ignorava o conteúdo do envelope.

Acordou com o som do carro do lixo, ainda faltava muito tempo voltar a enfrentar o dr. Richard, ficou na cama mas não conseguia dormir. Depois de um duche demorado, no qual reflectiu sobre a sua situação, saiu resignada. Afinal nada podia fazer, Joss arrastara Ana para aquele esquema e Ana tinha-a arrastado a ela. Agora restava-lhe limpar o seu nome. Que diriam os seus pais se soubessem? Esperava nunca ter de lhes explicar nada daquilo. O seu pai não gostava de Ana, por isso diria que não estava surpreendido, mas a sua mãe simpatizava com Ana e certamente se culparia por, depois de uma enorme discussão sobre os tempos modernos, ter permitido que a sua filha fosse viver para a cidade com a amiga.

Algum tempo depois o táxi parou junto à enorme mansão, pagou ao motorista e respirou fundo antes de tocar à campainha. O nervosismo inicial passou quando James abriu a porta sorrindo e viu o dr. Lond com Yorin na entrada.

- Bom dia menina. - James ajudou-a a tirar o casaco - O menino aguarda-a no escritório.
- Bom dia James. - Christina sorriu para ele. - Obrigada.
- Bom dia Christina, antes venha beber um café connosco.
- E será boa ideia?!
- Boa ou má, Yorin e eu estávamos à sua espera.

Christina ajeitou a Yorin no seu colo e seguiu James e o dr. Lond. Apesar da mesa estar composta com as mais variadas iguarias, aceitou apenas o café. Pouco depois a rapariga da noite anterior, Maria, veio trazer a papa de Yorin e ela ofereceu-se para dar a papa à pequena.

- Dr. - Christina evitou olhá-lo, não se sentia confortável a abordar o assunto - Queria dizer-lhe uma coisa.
- Não precisas de te explicar, sei que nunca irias...
- Obrigada - Christina interrompeu-o - Mas não é sobre isso, o seu filho está convencido que o queria roubar e quanto a isso nada posso fazer. Já me mentalizei. É sobre Ana.
- Ana?!
- Sim, ontem pensei em dizer-lhe mas depois... Talvez possamos falar mais tarde com calma, mas o essencial é que ela não vem mais.
- Pensei que estava atrasada. - O dr. Lond bebericou o café com o olhar fixo nela - Falou com ela ontem?
- Sim, quando vim para cá ela...
- Começamos mal menina Alt!  - O dr. Richard juntou-se a eles - Pensei que tinha sido claro quanto ás suas tarefas.
- Não culpes Christina, fui eu que a monopolizei. - O dr. Lond sorria detrás da chávena - Ana não apareceu e Yorin precisava de comer.
- Certamente Maria saberia dar-lhe o pequeno almoço. Já que começou termine, depois venha ter comigo.

Christina e o dr Lond ficaram em silêncio a vê-lo sair da sala.

- Peço desculpa por ele, à muito tempo que não confia nas pessoas, principalmente nas mulheres.
- Nesse caso será melhor ir ter com ele. - Christina terminou de dar a papa a Yorin e sentou-a na cadeira dela - Até já dr.
- Até já Christina.

O percurso até ao escritório era pequeno mas foi grande o suficiente para recordar a noite anterior. Bateu na porta e entrou quando ouviu um "entre" ríspido" do outro lado.  Ele estava ao telefone, entrou sem fazer barulho e aguardou que ele desliga-se.

- Sabe onde está a sua amiga?! Caso seja realmente sua amiga.
- Se está a falar de Ana não sei.

 Christina sentiu o ódio crescer dentro dela, nunca sentiu ódio por ninguém. E muito menos em tão curto espaço de tempo, o sentimento mais parecido nutria-o pelo seu ex- namorado, e mesmo assim ainda conseguia tomar café, desde que rapidamente, com ele sem se exasperar.

- Não são amigas? - Ele indicou-lhe uma cadeira  - Pensei que as amigas não tinham segredos.
- Desde ontem que não sei nada dela. - Falou com tristeza - Apenas me disse que ia sair por uns dias, mas que ia falar consigo antes de ir.
- Mas não o fez, e não atende o telefone nem o telemóvel.
- Correndo o risco de ser mal interpretada, acho que devia de arranjar alguém para cuidar de Yorin.
- Acha?!

Richard sentou-se no tampo da secretária em frente à cadeira onde ela estava sentada. O telemóvel tocou e ele atendeu sem sair do lugar, ela observou-o disfarçadamente. O corpo bem proporcionado levava a crer que frequentava o ginásio, ou que tinha um particular. As calças negras evidenciavam as pernas compridas e a camisa também preta dava-lhe um ar intimidante, perigoso até. Os olhos eram de um azul esverdeado, o sol batia nos cabelos negros dando-lhe um aspecto acetinado. O nariz forte contratava com a boca...

- Menina Alt?! - Ele chamou-a divertido - Já terminou?!
- Desculpe. - Ela envergonhou-se por ter sido apanhada a observá-lo - Estava...
- Estava a sonhar acordada. - Ele apanhou uma pasta e abriu-a - Hoje é o seu dia de sorte.
- Se você o diz! - Christina mordeu a língua, geralmente não era mal educada - Desculpe.
- Vou sair por umas horas mas regresso para almoçar - Ele ignorou o pedido de desculpas - Depois tenho toda a tarde para a colocar ao corrente.
- E entretanto faço o quê?!
- Isto. - Deu-lhe a pasta - Aí tem vários números de telefone, preciso que marque reuniões com os números assinalados e que verifique se o catalogo que está on line está actualizado. Aqui tem a lista dos artigos disponíveis. Penso que isso vai ser suficiente para esta manhã.
- Sim, senhor.
- Se tiver alguma duvida o meu número está aí no início.
- Com certeza senhor.

Christina viu-o levantar-se da secretária e arrumar uns papéis em silêncio na pasta. Quando chegou à porta sorriu para ela antes de fechar a porta. Mas abriu-a novamente.

- Ah, e já que vamos trabalhar lado a lado, trate-me por Richard. Não gosto de formalidades.

E dito isto saiu, deixando-a a pensar no quão bonito era quando sorria.

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