quarta-feira, 26 de abril de 2017

À TUA ESPERA 11ª PARTE



Isabel limpou as lágrimas que caíam copiosamente e conduziu sem destino. Queria fugir mas não sabia para onde, entre as lágrimas que cessavam e recomeçavam sem aviso, acabou por andar às voltas pela cidade até sair em direcção ao campo. Parou o carro num terreno aberto e por entre as lágrimas viu a casa de Mima.
Não sabia com tinha ali chegado, mas naquele momento isso era o que menos a preocupava. Sem hesitar dirigiu-se à enorme casa sentindo que o coração não aguentava tanta dor, quando Mima lhe abriu a porta, atirou-se nos braços dela a soluçar. Sem fazer perguntas, Mima levou-a até ao sofá e aconchegou-a nos seus braços embalando-a.

Isabel acordou com o cheiro de café fresco, a última coisa que recordava era de ser embalada nos braços de Mima. Tinha a vaga ideia de ter sonhado com Jimin, estava na sua cama com a mulher do elegante vestido.

- Como te sentes? - Mima deu-lhe uma chávena de café
- Como se tivesse sido abalroada por um elefante. - Isabel bebericou o café - Desculpa aparecer assim. Quando dei por mim estava aqui.
- Fico feliz por ser assim. - Mima, meteu um prato com panquecas na mesa - Senta-te e come, não se tomam decisões de estômago vazio.
- Não tenho fome.
- Não tens, mas vais comer.

Isabel sentou-se e obedeceu como sempre fizera, Mima era o mais parecido, que ela tinha com uma mãe. Sempre que tinha problemas, ou estava triste, recorria a ela. Foi assim quando Jimin partiu, quando desistiu da escola e frequentou o curso, quando teve de ir a tribunal por causa de Lisa, quando se mudou. Se pensasse bem, depois que a sua avó morreu, Mima tornou-se o seu porto seguro, o seu apoio. Contou a Mima que tinha encontrado Jimin com outra mulher. Mima abriu muito os olhos mas nada disse, como era seu costume apenas lhe segurou a mão. Aquela não era a primeira vez que Mima não opinava, quando deixou Phil, também se manteve em silêncio, ela sabia que Mima só diria algo se lho pedisse expressamente, mas por muito que tivesse em consideração a opinião dela, sabia que tinha de ser ela a resolver a situação, ela é que devia decidir que fazer.

- Podes contar comigo para o que precisares. - Mima trincou uma panqueca. - A casa não é grande, mas tens o teu lugar aqui.
- Obrigada. - Isabel olhou-a - Não adianta fugir nem adiar, os factos não vão mudar. Quero esquecer este assunto, vou falar com ele e resolver as coisas hoje mesmo.
- Se é isso que queres.
- Não, não quero. Amo-o. Mas as coisas são como são e por muito que me custe tenho de o fazer.
- Sabes que te desejo o melhor do mundo. - Mima acompanhou-a ao carro.
- Eu sei, não sabes como te agradeço.
- Meu anjo, pensa bem antes de decidires.
- Já me decidi. - Isabel depositou um beijo na face de Mima - Não te preocupes, sobrevivi uma vez, esta não será diferente.

Observou Mima pelo espelho. Era uma mulher forte a quem o destino não tinha bafejado com a felicidade.  Perdera os pais cedo e acabou por ser criada pelo irmão, o seu querido Billy, que também já partira. Casou muito nova, mas Deus não lhe deu filhos. Quando ficou viúva, deixou a cidade e refez a sua vida ali, na casa que tinha sido do irmão até ele se casar. Mima via nela a filha que não teve e ela via em Mima a mãe que Lisa nunca foi.
 Limpou as lágrimas e obrigou-se a pensar em algo mais alegre. Mas no quê?! A sua felicidade sempre esteve ligada a Jimin, mas da mesma forma que a destruiu quando era adolescente, ao partir para a sua terra sem lhe dizer. Anos depois, ele tinha voltado a destruir essa mesma felicidade ao ir para a cama com outra mulher. Tentando afastar Jimin dos seus pensamentos, ligou o rádio e colocou a música no máximo volume que os seus ouvidos suportaram. Em consequência, quando parou no condomínio a sua cabeça latejava de dor. Depois de devolver o sorriso ao porteiro, entrou no elevador e enquanto subia procurou as chaves de casa. Por sorte tinha levado apenas roupa e coisas pessoais, bastava regressar mais uma vez ao apartamento para retirar tudo o que era seu.

Em contraste com o silêncio do corredor, pareceu-lhe que a chave fez imenso barulho quando abriu a porta. Jimin estava sentado no sofá de costas para a porta, entrou sem lhe prestar atenção e dirigiu-se ao quarto. Tinha decidido falar com ele apenas quando se fosse embora, e unicamente para lhe comunicar a sua decisão. O coração parecia saltar do peito ao abrir as gavetas, sentindo um nó na garganta ao tomar consciência que os seus sonhos tinham sido destruídos. Sentindo as lágrimas eminentes, começou a atirar as roupas ao acaso para dentro da mala. Só tinha duas malas, e depressa as encheu. Com alguma dificuldade levou-as para junto da porta, aí olhou para ele, ainda estava na mesma posição, ao olhar mais atentamente percebeu que ele vestia a roupa do dia anterior.

- Vim apanhar algumas roupas. - Isabel informou-o - Outro dia venho apanhar o resto.
- Não tens porque o fazer. - A voz dele estava apagada.
- Não?!
- Podemos esquecer isto tudo.
- Esquecer?! - Isabel sentiu a raiva crescer dentro dela, como podia pensar que esqueceria?! - Acho que vemos as coisas por diferentes prismas. - Isabel fechou os olhos tentando evitar que a raiva falasse por ela - Como te estava a dizer, venho outro dia apanhar o resto das minhas coisas. Não me esperes amanhã para trabalhar, não penso trabalhar para ti. Aliás, não quero ter qualquer tipo de contacto. O meu advogado entrará em contacto contigo tão rápido quanto possível. Pretendo o divórcio o quanto antes.
- O divórcio?! - Jimin deu uma gargalhada - Acaso achas que lucrarás algo se te divorciares?!
- Lucrar?! - Isabel gritou-lhe - Não quero saber do teu dinheiro.
- Custa-me acreditar nisso.
- Acredita no que quiseres, teres ou não dinheiro é-me indiferente. Simplesmente não consigo viver contigo sabendo que me traíste.
-  Acho que depois de pensares bem, uma infidelidade não é nada comparada com o dinheiro que vais perder.
- Nem todo o dinheiro do mundo me faria esquecer que estiveste... - Isabel calou-se ao sentir como as lágrimas lhe turvavam a vista. - Não temos porque discutir. Somos adultos e resolveremos as coisas como tal. Tens aqui a chave, quando achares conveniente que venha buscar o resto das minhas coisas telefona-me.
- Fica com ela e vem quando quiseres. Mas esquece o advogado, não vou aceitar o divórcio.
- Pois eu exijo-o. - Isabel gritou - Ouviste?! Não quero continuar casada contigo.
- Já não me amas?!

Isabel olhou o corpo dele curvado sobre si mesmo. Como podia perguntar-lhe isso?! Estava tão cego, no que a ela lhe dizia respeito, que não via que só lhe doía aquela situação porque o amava?! Que não suportava a ideia de que ele beijasse e tocasse outra mulher?!

- Não sabes como gostaria que assim fosse.
- Então não me deixes.

Algo na sua voz a fez olhar para ele, parecia cansado, como se levasse o mundo sobre os seus ombros. O cabelo despenteado e as olheiras diziam-lhe que não se tinha deitado, assim como a camisa, que ainda estava meio aberta como na noite anterior. O que a fez recordar a mulher a terminar de se vestir. O seu olhar húmido pelas lágrimas encontrou o dele, a sombra fugaz, que tinha visto algumas vezes momentaneamente, agora estava bem presente, tornando o olhar dele tão triste que lhe apeteceu abraçá-lo e dizer-lhe que tudo se iria recompor.  Fechou os olhos ao perceber o rumo que os seus pensamentos estavam a tomar. Quando os abriu ele estava mais próximo dela, Jimin estendeu a mão para lhe tocar mas ela recuou.

- Não me toques! - Gritou. - Não suporto que me toques!

Jimin encolheu-se e o olhar dele fez o seu coração congelar. Reconheceu aquele olhar, só tinha visto um olhar tão cheio de dor, uma única vez. Era pequena mas recordava-o bem, aquele olhar era igual ao da sua avó quando lhe disseram que Billy tinha falecido. Pensou desculpar-se, não queria dizer aquilo. Por muito que ele a tivesse magoado não queria vê-lo sofrer, amava-o e saber que ele não a amava levava-a a dizer o que não queria. Ficou a encará-lo, a respiração dele aumentou de ritmo, por segundos achou que Jimin se ia afastar mas não o fez. Quando ele levantou a mão novamente, ela recuou instintivamente tentando afastar-se dele, mas na tentativa acabou por cair no sofá enquanto ele a olhava com um olhar gelado.

- Jimin... - Isabel sussurrava.
- Cala-te! - Jimin fulminou-a com o olhar.

Isabel encolheu-se, Jimin estava tão ou mais magoado que ela. Mas ela apenas tinha respondido à dor que ele lhe tinha causado. Jimin respirou fundo e afastou-se, ficando de costas para ela a olhar a cidade. Isabel levantou-se do sofá e inclinou-se para deixar as chaves na mesa. Quando o fez, um envelope chamou a sua atenção, reconheceu o seu nome como remetente e o dele como destinatário! Ela nunca lhe escreveu, pensou nisso várias vezes mas não sabia para onde enviar a correspondência.
Olhou para Jimin, ainda olhava a cidade, com as mãos a tremer apanhou o envelope, notava-se que tinha lido o seu conteúdo imensas vezes. O papel estava gasto, o envelope, que um dia fora branco, estava quase amarelo, assim como as letras que perdiam a cor, os cantos do envelope ameaçavam romper...

- Jimin?! - Isabel esperou que ele se voltasse. - O que é isto?!
- Sabes bem o que é. - A voz dele estava carregada de rancor.
- Não sei não.
- Agora vais dizer que não a escreveste?!
- Vou sim porque nunca o fiz!

Por algum motivo ela achou que aquela carta era importante para ele. Aquela carta, supostamente, escrita por ela, devia de ter algo que lhe era precioso. Afinal tinha-a guardado estes anos todos. Precisava de saber no que ele acreditava ter sido ela a escrever.

- Posso saber que diz?!

Ele olhou-a friamente e depois forçou uma gargalhada.

- Não sabes?! Pois eu recordo cada linha.
- Já disse que nunca te escrevi. - Olhou-o momentaneamente, parecia mais furioso.
- Imaginei muitas coisas, mas nunca pensei que negasses escrevê-la.
- Nego sim, pois é a primeira vez que estou a ver este envelope.
- Achas que sou assim tão idiota a ponto de acreditar que não a escreveste?! - Jimin agarrou o envelope e rodou-o por entre os dedos  - Pensavas que não voltaria, que ficava vivendo a minha vidinha de pobre. - Atirou o envelope para cima do sofá - Mas subestimaste-me. - Jimin subiu os dois degraus que separavam a sala do hall e parou de costas para ela - Lê, dizem que recordar é viver.
- Juro que não a escrevi. - Isabel retirou a carta e olhou a letra, não era dela!
- Se tu o dizes...

Isabel sentou-se no sofá novamente e Jimin deixou-a sozinha. Olhou a carta, estava escrita em coreano. Era normal ele supor que tinha sido ela a escrevê-la, ninguém dos seus conhecimentos daquela época sabia coreano. Fechou os olhos por uns instantes antes de começar a ler, à medida que ia lendo tornava-se mais difícil segurar as lágrimas, mas mais fácil adivinhar quem a tinha escrito: Lisa!

Na carta "ela", entre outras coisas, dizia-lhe que nunca o amara, que ele não tinha passado duma paixão de adolescente, apenas uma diversão para a ajudar a recuperar do desgosto da morte da avó, alguém para passar o tempo. Não compreendia como ele chegara à conclusão que casaria com ele, pois deveria de ter suposto que ela nunca teria um namoro sério com alguém que não lhe pudesse oferecer um futuro decente, ela precisava de alguém que lhe pudesse proporcionar o mesmo estilo de vida que levava em casa dos pais. E quando decidisse casar, seria com alguém que ela pudesse apresentar aos amigos sem se envergonhar das suas origens. E esse dia não estava longe, pois nesse verão, durante as férias em casa de um casal amigo, ela tinha conhecido o rapaz que seria seu marido.
Mas sabia que ele ia entender porque ambos tinham plena consciência que se moviam em círculos diferentes... se ele fosse rico a situação seria diferente. Ela tinha de pensar nas pessoas que lhe eram queridas, os amigos de toda uma vida, afinal, as pessoas tendem a falar... Se ele fosse rico muitas coisas seriam relevadas e a nacionalidade dele seria esquecida. Mas ele era filho de uns meros trabalhadores, e ela, tendo em conta a posição social e financeira dos seus pais, nunca poderia casar com alguém de uma posição inferior. Sabia que ele, como tinha nascido num país onde valorizam as tradições, melhor que ninguém, iria entender a posição dela.

No fim, depois da assinatura dela, um post scriptum indicando que juntava uma fotografia dela com o futuro marido.


 Isabel procurou o envelope, ela nunca teve outro namorado, bem, tivera Phil mas foi bastante depois, quando se convenceu que ele não regressaria. Apanhou o envelope, estava vazio. Onde estava a dita fotografia?! Precisava vê-la!

- Se procuras a fotografia não está aí.

Isabel assustou-se ao ouvi-lo, o seu coração bateu mais forte ao vê-lo, tinha o cabelo húmido do banho e vestiu-se de preto, desde as calças à t-shirt. Adorava vê-lo com aquela roupa. Sentindo que o coração se descontrolava sentou-se, como pretendia conseguir esquecê-lo se o amava tanto?!

- Esta letra não é minha. - Isabel mal se ouvia - Ainda tens a fotografia?
- Sim. - Jimin desceu os degraus e retirou a fotografia do livro que lia todas as noites - Também vais negar que és tu?!

Isabel segurou a fotografia, os seus dedos tocaram-se momentaneamente e isso foi suficiente para ela desejar ter chegado mais tarde no dia anterior. Olhou a fotografia, era ela! Vestia apenas um reduzido bikini e estava abraçada a um homem, também ele em fato de banho, junto a um lago. Reconheceu o local, era a casa de campo dos pais de Tom. Ela recordava bem aquele dia, estavam na cabana à dois dias e apesar dos esforços deles, não conseguia esquecer a partida de Jimin que tinha ido visitar os avós. As saudades aumentavam a cada dia e ela afastava-se sempre que podia para estar sozinha, foi num desses dias que aquilo acontecera. Tinham terminado de almoçar quando, com o pretexto de passear junto ao lago, se afastou para chorar. Geralmente chorar durante as noites era suficiente mas naquele dia, a dor que sentia devido às saudades, parecia mais presente. Devia ter demorado imenso pois quando percebeu Tom estava junto a ela, este estava preocupado com a sua ausência. Ao ver o estado de tristeza em que se encontrava nada disse, apenas a abraçou. Não havia qualquer maldade naquela fotografia, apenas um abraço de amigo. Mas não sabia que a tinham fotografado, e ela tinha a plena certeza que Tom também desconhecia a existência de tal fotografia.

- Não vou negar, sou eu sim. - Isabel olhou-o, estava sentado ao seu lado. Em que momento ele se sentou ali?! No seu olhar não havia rancor, apenas algo que ela não conseguia decifrar - Mas não aconteceu nada, ele era apenas um amigo, sentia a tua falta e ele abraçou-me, nada mais que isso. Tens de acreditar em mim.

Jimin não disse nada, apenas a olhou nos olhos, uma lágrima deslizou pela face dela e ele seguiu-a com o olhar até esta desaparecer no tecido da camisa. Isabel estremeceu, porque era tão importante que ele acreditasse nela?! Porque se sentia ela culpada por uma coisa pela qual não era responsável?! Outra lágrima seguiu a primeira, mas Jimin levou a mão até ao rosto dela e com um dedo limpou a lágrima interrompendo a descida. Ao sentir o calor da mão dele Isabel fechou os olhos, adorava quando ele acariciava a sua pele, a imagem da outra mulher ocupou a sua mente e abriu os olhos. Jimin tinha a boca dele muito perto da sua.

- Não. Por favor... - Isabel suplicava - Não me perdoaria a mim mesma. Amo-te e podes pedir-me o que quiseres, menos que continue a viver contigo depois de estares com outra. Isso nunca!
 - É verdade que me amas?! - Jimin segurou-lhe o rosto - Diz-me, amavas-me mesmo que não fosse rico?!
- Amo-te desde que te conheço. E que me recorde, nessa altura não tinhas dinheiro. - Isabel deixou as lágrimas caírem - Acho que não querer partilhar o meu marido com outra mulher mostra bem o que sinto por ti!
- Sei que vai ser difícil de acreditar, mas o que viste foi tudo o que aconteceu aqui. - Jimin retirou a mão e fixou o chão - Não vou dizer que Natalie apareceu aqui por acaso e que nunca tive nada com ela.  Tivemos um caso, assim como tive com outras, que durou até te reencontrar. Mas aconteceu tudo tão rápido connosco que não tive tempo...  - Jimin calou-se e olhou-a - Não, não foi falta de tempo. A verdade é que nunca mais me lembrei dela. Ontem de manhã mandou-me uma mensagem a dizer que estava na cidade e que vinha visitar-me. Respondi-lhe que ficava feliz por ela ter regressado, que seria agradável reencontrarmos-nos e que segunda-feira lhe telefonava para combinar. Ainda tenho as mensagens no telemóvel, se quiseres confirmar. Quando tocaram à campainha estava a despir-me para tomar banho, pensei que fosses tu,  talvez tivesses perdido ou esquecido as chaves. Quando abri a porta e a vi fiquei surpreendido mas pensei que ias demorar, por isso achei que podia dizer-lhe o que pretendia, afinal não ia demorar. Fui fazer-lhe um café e quando voltei ela tinha apenas a roupa interior vestida. Disse-lhe que se vestisse, que aqueles dias estavam acabados pois era um homem casado e não pretendia trair a minha esposa. Foi aí que tu entraste. Não sei o que ela pensou ou sentiu, talvez se sentisse envergonhada, não sei... Apenas sei o que eu senti.
- E que sentiste?

 Isabel ainda tentava perceber se podia acreditar nele. Aquilo era tão inverossímil que era impossível ser inventado, mas desde que regressou da Coreia, ele não dissera uma única vez que a amava. Tratava-a com carinho, desejava-a e dizia que a amava de outras formas, mas nunca lho disse literalmente! E ela precisava que ele o dissesse!

- Que te tinha perdido. Naquele minuto, tudo o que planeei ao longo dos anos deixou de ter importância. A única coisa que queria era apagar a dor que tinhas no olhar. Dor que eu causei.
- Não imaginas o que senti.
- Imagino. Tenho uma fotografia que mo recordou durante anos.

Jimin desviou-lhe uma madeixa de cabelo que pendia sobre os seus olhos e ela encostou o rosto à sua mão, deixando que o calor dele a reconforta-se. Pouco depois Jimin envolveu-a nos braços e beijou-a.

Sem comentários:

Enviar um comentário