sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O REFÚGIO 13ª PARTE






Ellen levantou-se repentinamente ao ouvir a voz de Luc.
A fraca luz do luar, aliada às lágrimas, davam-lhe uma visão algo distorcida dele. Amelie dissera que a festa era apenas para os funcionários. Teria ele aparecido sem avisar!?  Ou como amigo dela era normal aparecer quando quisesse!? Fosse como fosse, aparentemente até o destino estava contra ela.


Semicerrou os olhos tentando perceber o que o levara até ali. Mas não conseguiu decifrar o olhar dele.
Seguramente tinha-a procurado para a ofender novamente ou demonstrar-lhe que ela seria dele, onde e quando ele quisesse. Saber que era verdade aumentou as lágrimas que caíam silenciosamente.   Olhou para o mar perguntando-se porque ele tinha de aparecer justamente naquele momento, quando sentia saudades dos pais, e se sentia terrivelmente só!
Respirou fundo e disfarçadamente limpou as lágrimas antes de o encarar novamente.

- Podes ficar à vontade, eu estou de saída.
- Estás bem?
- Porque não estaria?
- Não estás com bom aspecto.
- Acredito que não.

  Ellen agarrou os sapatos e voltou-lhe costas. Não queria, nem se encontrava em condições psicológicas, para falar com ele. Afastou-se da berma para não passar junto a ele, mas a areia fina deslizou debaixo dos seus pés e Luc só teve tempo de a agarrar por um braço para evitar que caísse. O simples toque da mão dele, foi suficiente para o coração dela bater descompassado. Odiava que ele a afectasse tão facilmente e com aquela intensidade.

- Ellen... Precisamos conversar.
- Outro dia. - Ellen tentou retirar o braço - Podes soltar-me!? Estão à minha espera.
- Não estão. Eles partiram à pouco.
- Como partiram!?

Ellen puxou o braço com força para se livrar dos braços dele e caiu à água.

- Magoaste-te!?
- Não acredito! Bolas!

Ellen tentou levantar-se mas escorregou novamente e acabou por ficar de joelhos. Olhou para Luc, devia achar a situação muito divertida, possivelmente, até tentava conter o riso.
Se assim era, porque a voz dele não demonstrava qualquer sinal de diversão? Tentou ver a sua fisionomia, mas o tom de voz apenas lhe recordava outra situação parecida, o dia que tomaram banho juntos! Perante essa recordação o seu corpo estremeceu de desejo. Se ficava naquele estado só de recordar, não podia permitir que lhe tocasse, o seu corpo traiçoeiro responderia sem hesitar ao mínimo toque.

- Não preciso de ajuda! - Ellen negou-se a aceitar mão que ele lhe oferecia.
- Não sejas mal agradecida.
- Mal agradecida!?
- Sim. Estou a oferecer-te ajuda e tu estás a ser no mínimo indelicada.
- Peço imensa desculpa, não pretendia ofender.
- O sarcasmo não combina contigo.

Como podia amar uma pessoa que estava constantemente a acusá-la de algo!?
Ellen desejou vingar-se dele de alguma forma, primeiro acusou-a de ir para a cama com qualquer um, agora acusava-a de ser mal agradecida e indelicada. Olhou a mão dele que permanecia aguardando que ela a aceitasse e sorriu...

- Não ias ajudar-me?!

Ellen agarrou a mão dele e quando sentiu que ele estava a fazer força, puxou-o para dentro de água. Ellen sentiu uma certa alegria ao vê-lo ali deitado ao lado dela, o facto de estar de joelhos, dava-lhe a sensação de vitória.
Com a mesma rapidez com que caiu à água, Luc levantou-se e ficou de joelhos frente a ela fixando-a. Apesar da pouca claridade, Ellen podia sentir o olhar dele sobre ela, tão frio como a água onde estava ajoelhada.

- Não acredito que me puxaste!!!
- Não?! - Ellen levantou-se e ficou a saborear a pequena vitória.
- Tu...

Luc sentou-se sobre os joelhos e parou de falar. Ellen olhou para ele, mantinha a cabeça baixa e permanecia em silêncio. O coração dela parou por segundos. Luc praticamente não se mexia, algo não estava bem.

- Luc?! - A voz dela era apenas um murmúrio de tanta preocupação. - Luc!? Estás bem !?

Ellen ajoelhou-se novamente e tocou-lhe no ombro. Nesse instante Luc segurou o braço dela e puxou-a de forma a ficarem com os corpos praticamente unidos.

- Também sei jogar sujo. - Luc afastou uma madeixa do rosto dela.
- Nunca duvidei disso.
- Não!?
- Não. Isso é o mínimo que posso esperar de ti.

Ellen tentou afastar a mão dele, que devido ao contacto estava a dificultar o seu raciocínio, mas Luc agarrou-a e carinhosamente entrelaçou os dedos nos dela.

- Nesse caso já sabes que te vou beijar.
- Não!!!

Luc aproximou os lábios dos dela e começou por dar pequenos beijos nos lábios trémulos dela. Quando ela gemeu, Luc soltou-lhe uma mão e abraçou-a pela cintura. Ao sentir o calor do corpo dele, Ellen rodeou-lhe o pescoço e esqueceu o que ele pensava dela. Quando os beijos se intensificaram Ellen estremeceu e Luc afastou-se.

- Estás a tremer. - Luc levantou-se e ajudou-a - Acho melhor irmos até à fogueira.
- Não! - Ellen recuperou parte da consciência e tentou tirar a mão que continuava entrelaçada na dele. - Quero ir para casa.
- Muito bem.

Luc parou e encarou-a. Ellen baixou o olhar até às mãos entrelaçadas. Como podia render-se com apenas um beijo!?

- Podes soltar a minha mão!?
- Depois de responderes à minha pergunta. E nessa altura, se quiseres, eu mesmo te levo a casa. E prometo que não voltarás a ver-me.

Ellen olhou para ele sentindo o coração em pedaços. Não era isso que queria!? Afastar-se dele!? Esquecer que ele existia e seguir com a sua vida!? Se querias manter alguma sanidade mental tinha de se afastar dele.

- Diz.
- Porque não escreveste o artigo?
- Porque não.
- Isso não é resposta. Dá-me um motivo.
- Porque não seria correto.
- Foi apenas isso ?!

Luc levantou-lhe o rosto e obrigou-a a manter o olhar dele. O coração dela recomeçou a bater descontrolado e as lágrimas inundaram-lhe o olhar. Não podia dizer a verdade. Admitir que não publicara o artigo, porque o amava, era humilhante demais. Ele não estava interessado no que ela sentia, apenas pretendia humilhá-la novamente, ou aumentar a sua vasta lista.

- Sim. Achas pouco!? Para ti a consciência pode não ter valor algum, mas para mim é muito importante.
- Não disse isso. Mas sinto que à algo mais.
- Algo como o quê!?
- Algo que te negas admitir.
- E porque o negaria!?
- Porque és teimosa e orgulhosa.
- Tu é que te negas a aceitar o que disse.
- Nego porque sei que está aí dentro.
- Não fazes a mínima ideia do que tenho aqui dentro!
- Então diz-me.
- Queres que te diga o quê?! - Ellen deixou cair uma lágrima - Queres ouvir que fui incapaz de fazer o meu trabalho porque não consegui resistir aos teus encantos?! Que me apaixonei perdidamente!? Pois lamento desiludir-te e não contribuir para aumentar a tua lista de mulheres fúteis.

Ellen puxou o braço e deu um passo atrás enquanto as lágrimas caíam pelo rosto.

- Não entendes pois não!? - Luc aproximou-se - Não quero que aumentes a minha lista. Quero que sejas a única a fazer parte dela.
- Acho que a água fria te fez mal ao cérebro. Apenas me queres humilhar. Fazer-me pagar por ...

Luc beijou-a furiosamente e depois segurou-a pelos ombros.

- É assim tão difícil aceitares que te amo?!
- A mim e às outras mulheres que passam pela tua cama!
- Podes esquecer as outras mulheres!? Não me interessam! Porque achas que ando como louco tentando falar contigo!? Que me tenho martirizado, por te acusar daquelas coisas horríveis!? Não imaginas como sofri ao ver-te nos braços de outro! Amo-te e não suporto imaginar que outro homem possa tocar-te.

Ellen olhou para ele, não queria acreditar. Ele amava-a! As lágrimas aumentaram e Luc envolveu-a nos braços beijando-a demoradamente. Ellen estremeceu quando uma leve brisa tocou no seu corpo molhado.

- Vamos para dentro. Precisas de um banho quente e mudar de roupa.
- Eu não trouxe roupa, não pretendia ficar. E tu também estás molhado, até mais que eu.
-  Alguém me atirou ao mar! Mas penso que conseguimos entrar em calor enquanto a roupa seca.
- Luc! - Ellen repreendeu-o - Amelie não...
- Amelie, como boa cúmplice, deixou-nos a sós.
- Cúmplice!?
- Depois explico. Quando estiveres na minha cama, e de preferência nos meus braços.
- E quem te disse que quero ir para a tua cama!?

Luc parou na entrada da casa e olhou-a muito sério.

- Sei que me desejas, tanto como eu a ti. E tenho a certeza que me amavas, depois eu agi como um idiota e destruí parte desse amor quando te magoei. Mas desde que permaneças a meu lado posso esperar, sei que vou reconquistar-te.
- Sou difícil de conquistar.
- Não vou desistir. Aliás, já comecei a trabalhar para isso. Enquanto estiveste fora, alterei algumas coisas lá em casa. Fiquei com a ideia que gostarias de viver lá.
- Não ias vender!?
- Não posso vender a casa onde conheci a mãe dos meus filhos!
- Não temos filhos!
- Mas teremos, pois penso fazer amor contigo em todos os locais da casa.
- Outra vez !?
- Acho que nos escapou um ou dois locais.

Luc envolveu-a nos braços e entraram em casa depois de se beijaram demoradamente.




- Claro que vamos aí. Estarás livre para almoçar?

Ellen sorriu a Luc, que falava ao telefone, e olhou para os homens que terminavam de descarregar a mobília do jardim. Dois bancos de ferro com almofadas brancas e uma mesa de ferro com o tampo em vidro. Com o tempo, quando a trepadeira desse sombra suficientemente, aquele local seria lindo. O jardineiro estava a fazer um trabalho magnífico, as tulipas e as magnólias abriram com os primeiros raios de sol e já salpicavam os canteiros ao longo da entrada. Apenas faltava uma coisa...

- Amelie espera-nos amanhã. - Luc abraçou-a pela cintura e voltou-a para ele.
- Mas, ainda agora chegámos.
- Eu sei. Mas saímos sem falar com ela e Amelie é uma boa amiga. Não me sinto bem em negar-lhe...
- Não tens de te justificar. - Ellen colocou um dedo nos lábios dele - Se queres ir, iremos, gosto de Amelie.
- Ela também gosta de ti. Aliás, sempre gostou, por isso te defendeu dos ataques do irmão.
- Do irmão!?
- Niel, não sabias que é irmão de Amelie?
- Não.
- Foi através dela que ele soube que não eras enfermeira. Amelie tem uma galeria de fotos dos  "pais" dos seus animais. Ele viu-te numa delas, e ela disse-lhe quem eras. Eu suspeitei desde o início, apenas precisava de confirmação.
- Não me disseste porque...
- Porque não te deixavas intimidar por mim. E estava a adorar a tua companhia, assim como a tua imaginação. A ideia da película foi hilariante.
- Mas tomaste banho.
- Isso é verdade.- Luc sorriu tristemente - Quando Niel confirmou as minhas suspeitas, não me importei, apenas te queria ali, a meu lado. Mas Niel estava furioso, sentia-se responsável pela situação, porque me deixou aos cuidados de um leigo. Eu apenas me senti frustrado, não conseguia ser homem a cem por cento com a única mulher que me tirava o sono. Que para cúmulo era jornalista e estava apaixonada por um tal de Jim. - Luc meteu as mãos nos bolsos e afastou-se dela - Tinha a certeza que me amavas, mas depois falaste em Jim e desapareceste. Apesar das duvidas neguei-me a aceitar que Niel tinha razão, que me tinhas usado. Precisava saber o que sentias, se também sentias com ele o mesmo que comigo. Se tinhas esquecido e até fingindo o se passou entre nós. Contrariando Niel, parti no dia seguinte e procurei por ti durante dias. Ao fim de uma semana regressei convencido que Niel tinha razão, eu tinha sido um idiota. Tu amavas esse tal de Jim e tinhas-me usado.
- Fiquei num hotel da cidade. Não podia regressar sem terminar o artigo.
- Mas não o publicaste.
- Não consegui. Se o fizesse, estaria a contribuir para um tipo de jornalismo que detestava, e a fazer o que Jim queria. Sem esquecer que iria revelar coisas demasiado pessoais a teu respeito. - Ellen encolheu os ombros - Não me sentia bem ao fazê-lo. Quando entrei na editora, estava decidida, não ia publicar e, para o caso de Jim entrar no meu computador, destruí tudo o que tinha a teu respeito. Simplesmente não o consegui escrever.
- E eu esperei esse artigo durante semanas. Queria ter algo para me ajudar a odiar-te e ao mesmo tempo algo que me indicasse onde estavas. - Luc olhou para ela - Quando Amelie me convidou para o leilão, pensei não aceitar o convite. Mas ela insistiu tanto que acabei por ceder. Não imaginas como me senti quando te vi nos braços daquele tipo. Pensei que era Jim! O homem que tu amavas. Naquele instante desejei morrer, iludira-me pensando que me amavas. Mas quando me aproximei percebi que não te era indiferente, ainda me desejavas. Desejei magoar-te, queria que sofresses como eu sofria. Daí aquela cena estupida. Nunca imaginei que estivesses com outra pessoa se não Jim, por isso fiquei sem reacção quando lhe chamastes Edson. As minhas dúvidas aumentaram. Se não era Jim, onde estava!? E quem era aquele?! Outro a quem seduzirias para conseguires algo?! Ou estava tão cego de ciúmes que me tinha enganado a teu respeito!?
Depois de falar com Amelie, ela confirmou que estava enganado, Edson era teu amigo de infância e noivo da filha de uma amiga dela. Fiquei desesperado, precisava falar contigo, esclarecer tudo. Mas tu não querias ouvir-me. Não te podia censurar, tinha-te acusado de coisas horríveis. E mesmo que estivesse certo e me amasses, nenhum amor resiste aos ciúmes e à desconfiança. Como podia esperar que me amasses depois de tudo o que te disse!? Mas não podia desistir, não queria perder-te. Por isso procurei-te no teu apartamento, mas quando te beijei parecias odiar-me. Pela primeira vez senti-me num beco sem saída, e procurei Amelie novamente, aí ela falou-me sobre Jim.
- Ela conhece-o desde que fiz a reportagem sobre a inauguração do abrigo.
- Sim. E pensar que o procurei para te forçar a voltares para mim .
- Como assim !?
- Telefonei-lhe e fiz-lhe uma proposta. Estava disposto a dar uma entrevista exclusiva, desde que fosses tu a fazê-la.
- Canalha! - Ellen revirou os olhos.
- Eu sei, não me orgulho...
- Não estava a falar de ti. O estupor procurou-me para voltar.
- Amelie contou-me. Apeteceu-me partir-lhe a cara.
- Vocês e a violência!!! Não é preciso ir tão longe, já apresentei queixa dele. Se bem que não sei se adianta algo.
- Claro que adianta!
- Não sei, ele, além de meu chefe era meu namorado. Jim queria a entrevista a todo o custo, por isso... Bem, disse que não se importava se eu me metesse na tua cama para a conseguir. Fiquei furiosa e disse-lhe que não o faria! Ameaçou com despedir-me, e que iria certificar-se que eu não trabalharia para outra editora, se não voltasse com a entrevista. Terminei o namoro, mas continuava a precisar de fazer a entrevista. Por isso decidi procurar-te e explicar a situação, tinha esperança que aceitasses falar comigo, mas a tua enfermeira confundiu-me com uma colega e eu, depois de tentar explicar quem era sem sucesso, aproveitei a confusão. Não faria a entrevista, mas podia fazer um bom artigo. Agora imagina como me senti psicologicamente. Dias depois de te conhecer, queria fazer exactamente o que me tinha levado a terminar o namoro. Irritavas-me, mas o mesmo tempo queria passar mais tempo contigo.
- Irritava-te?!
- Imenso. - Ellen olhou-o nos olhos - Fui-me convencendo que a minha motivação era o artigo, que não me sentia atraída. Afinal a minha liberdade e o meu futuro dependiam dele. Nos primeiros dias escrevia todas as noites, mas depois fui escrevendo cada vez menos. O que sentia quando estava contigo, estava a sobrepor-se ao que devia fazer. Nunca deixei de fazer o meu trabalho, mas quando estava contigo não pensava nisso. Por isso fiquei, precisava ordenar as ideias, mas acima de tudo precisava terminar aquele artigo, era a única forma de me livrar de Jim sem sair prejudicada. Mas regressei sem nada e acabei por apresentar queixa dele à direcção. Diz que terei notícias do advogado dele.
- Não te preocupes, vou tratar dele pessoalmente.
- Preferia não te ver envolvido nisto.
- Estamos juntos, os teus problemas são meus também.

Ellen notou uma certa irritação na voz dele.

- Não precisas ficar assim.
- Não!? Não ficaste muito feliz quando disse que o sacudia um pouco, agora não me queres ver envolvido. Parece que me queres afastar. De certeza que não sentes nada por ele!?
- Como!?
- Parece que o queres proteger...
- Se estou a proteger alguém, esse alguém és tu! - Ellen olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas. - Se pensas assim vou voltar para a minha casa. E tu podes voltar para as tuas milhentas mulheres.

Ellen voltou-lhe costas e refugiou-se no quarto. Como era possível discutirem com aquela facilidade!? Tinham chegado de madrugada e depois de fazerem amor, adormeceram nos braços um do outro. Não tinham falado muito, decidiram que tinham muito tempo. O importante estava clarificado, amavam-se. Mas não esperava que ele duvidasse dela e muito menos tivesse ciúmes! Não tinham fundamento, ela teve apenas dois namorados! Ele é que tinha uma lista enorme de mulheres! Se alguém devia de ter ciúmes era ela! E tinha, mas para ela o amor incluía confiança, e isso ele não tinha!

- Ellen?! - Luc entrou no quarto - Desculpa. Parece que estou sempre a complicar a situação. Acabei de te recuperar e já te estou a afastar! Não devia falar assim contigo.
- Não, não devias.
- Tenta compreender. Amo-te, e disse que ia esperar, mas não tenho certeza de nada! Como queres que reaja se não sei o que sentes por mim!? Como ter a certeza que não sentes nada por ele, quando dormiste com ele até nos conhecermos!?
- Então explica-me como reagir às tuas mulheres! - Ellen explodiu - Porque tu também dormiste com elas. Achas que é fácil amar alguém que tem uma lista maior que a do supermercado!? Não, não é!
- Ainda pensas nas... - Luc calou-se e o seu olhar iluminou-se - Ouvi bem!? Disseste que me amas!?
- Sim amo-te, e não sei se...

Luc beijou-a carinhosamente nos lábios e depois percorreu o rosto dela repetindo o que lhe disse depois de terem feito amor a primeira vez .

- Agora está tudo bem.
- Como podes dizer que...- Luc silenciou-a com um beijo.- Luc. Temos de falar...
- A única coisa que me mortificava, era não ter a certeza se te conseguia conquistar. Se ainda serias minha.
- Sou tua desde que te conheci.
- Isso é tudo o que preciso saber. Amo-te. Quero acordar a teu lado todos os dias. - Luc segurou-lhe o rosto entre as mãos - Faz de mim o homem mais feliz e casa comigo.
- Não sei. - Ellen sorriu - Tenho de pensar.
- Queres pensar!? - Luc fez uma careta - Muito bem.

Luc pegou-a ao colo e dirigiu-se até à cama.

- Que estás a fazer!?
- A ajudar-te a pensar. Vou beijar-te e fazer amor contigo até que aceites.
- Nesse caso, acho que não vou aceitar nunca.
- Hum... - Luc tirou-lhe o vestido - Não sei se gosto disso.
- Não!?
- Por muito que adore fazer amor contigo, quero ter o prazer de dizer que és minha mulher.
- Nesse caso tenho uma contra proposta.
- Sou todo ouvidos. - Luc despiu a sua camisa e tirou-lhe o sutiã - Pelo menos por enquanto.
- Quero trazer Neve e dois irmãos para morar... - Ellen calou-se quando ele lhe beijou um seio - morar connosco.
- Aceito.- Luc beijou-lhe o pescoço.
- Luc?! - Ellen gemeu.
- Sim!?
- Amelie... - novo gemido - Ias falar...
- Depois amor, depois...















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