quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
ENCONTROS AZARADOS 7ª PARTE
Jess falava sobre o novo filme que acabava de estrear tentando convencer Caterine, mas ela sentia-se tão cansada que a única coisa que queria era chegar a casa e tomar um bom banho de água quente.
Enquanto aguardava num semáforo ligou a Mabell para verificar como se encontrava e depois a Nathan, mas ele não atendeu o telemóvel. À alguns dias que não o via, a última vez que estiveram juntos aconteceu poucos dias depois de Mabell ter alta hospitalar. E nessa altura, durante o jantar, Nathan comunicara que tinha de tratar de uns assuntos e possivelmente não poderia estar com ela tanto como gostaria. Apesar de se sentir algo decepcionada, teve de concordar que ela também precisava de mais tempo para tratar da organização da festa de Natal da empresa, e confirmar se o salão estava pronto para o casamento dos Roice. Mas começava a sentir saudades dele. Saudades que o telemóvel não acalmava.
Vestindo apenas um roupão e com uma chávena de chá bem quente na mão, Caterine abriu uma revista e começou a folheá-la. A fotografia de Barry preenchia uma das páginas centrais. Fazia-se acompanhar por uma loira escultural que tentava ocultar o rosto. Aquela imagem recordou-lhe o dia que a sua mãe foi manchete numa revista feminina. O artigo esmiuçava a vida dela, desde a gravidez, supostamente indesejada, até ao conveniente casamento com Gino. A sua mãe ficara revoltada ao perceber que a fonte de toda aquela informação tinha sido a sua suposta amiga e ex-colega de trabalho. Depois desse dia, sempre que Gino lhe oferecia algo ela ficava de mau humor. Uma noite não conseguia dormir e desceu para beber água, ao passar junto à sala ouviu a sua mãe chorar. Sem pensar em mais nada espreitou pela porta. Gino abraçava a sua mãe enquanto esta dizia que as pessoas pensavam que estava com ele pelo dinheiro, que seria bem mais feliz se ele doa-se todo o dinheiro a uma instituição. Ele sorriu e disse que se isso era tudo o que queria para ser feliz, teria todo o gosto realizar esse desejo. A sua mãe beijou-o e depois sorriu. Durante meses esperava acordar no pequeno apartamento onde teria de dividir o quarto com a tia. Mas nada de diferente aconteceu e ela esqueceu o assunto. Anos mais tarde percebeu que Gino apenas dissera o que a sua mãe queria, e precisava, ouvir naquele momento. Com a idade veio a consciência que Gino não era seu pai e como tal não tinha qualquer obrigação para com ela.
Mas quando cumpriu vinte e três anos foi abordada por um advogado. Este tinha instruções especificas para lhe entregar um envelope castanho com o nome dela no canto superior.
Dentro dele, uma carta com um cartão anexado onde constava o número de uma conta bancária em nome dela. A julgar pela data da abertura da conta, ela era apenas uma adolescente quando ele escreveu aquela carta e meses anteriores à conversa que ela ouvira na sala.
Na pequena carta Gino mostrava-se consciente da ausência do pai dela assim como da falta de interesse deste quanto seu ao futuro. Futuro que o preocupava imensamente. Mostrava-se reticente quanto a respeitar o desejo da sua mãe de não interferir no percurso profissional dela. Mas frisava que, apesar de confiar nas capacidades ela, estaria sempre alerta para o caso de ela necessitar. A carta continuava com algumas recordações da vida em comum.
Depois da assinatura dele, apenas uma nota pedindo que a mãe dela nunca soubesse que ele lhe tinha deixado aquele dinheiro. Infelizmente nunca precisou de ocultar esse facto.
O som do telemóvel trouxe-a ao presente.
- Sim!? - Caterine atendeu sem olhar para o ecrã.
- Tens cinco minutos para desceres.
- Nathan?! - Caterine olhou para o relógio ao reconhecer a voz dele.
- Tens muitos homens a convidar-te para sair?
- Isto é um convite? Parecia uma ordem.
- Não sejas picuinhas.
- Tenho de me vestir. Achas que a esta hora estou pronta para sair de casa?! O que me leva a perguntar. O que fazes na rua a esta hora?
- Em primeiro lugar, não é assim tão tarde. Em segundo, se estou mais um dia sem te ver acho que terão de me internar.
Caterine sorriu. Assim como ela, ele também sentira a falta dela e contava os minutos que passavam afastados.
- Sem esquecer que a noite está perfeita.
- Perfeita?! Para quê?!
- Vais descer ou não?
- Já estou a ir.
Caterine vestiu umas caças de ganga e uma camisola de gola alta. Enquanto descia as escadas pensava no que teria levado Nathan a ir a casa dela àquela hora.
- Cheguei!
- Não era sem tempo. - Nathan envolveu-a nos braços e beijou-a longamente - Não imaginas como senti a tua falta.
- Sim, claro. - Caterine fingiu-se ofendida - Tanto que a comoção não te permitiu atender o telemóvel.
- Para quê atender se podia vir pessoalmente?!
- Para me dar tempo de vestir algo apropriado.
- E quem disse que não é apropriado?! - Nathan abriu a porta do carro - Estás perfeita.
- Onde vamos?
- Passear.
Caterine tentou levá-lo a dizer onde iam mas sem sucesso. Como Nathan apenas sorria como resposta às perguntas que lhe fazia, resolveu apreciar a paisagem nocturna da cidade. Os prédios altos do centro de Londres foram substituídos por vivendas luxuosas. Sentou-se muito direita ao reconhecer o local. Estavam em Kensington! Ali morou Lady Di no palácio! Ela resumia o lugar numa só palavra. Elegância!
O bairro era conhecido pelos edifícios antigos e pelas lojas artesanais. E ali também se encontravam alguns consulados e museus. Tais como o museu Victoria e Albert que tinha um acervo eclético voltado para arte e design. Na última sexta-feira de cada mês o museu oferecia um evento nocturno focado em um tema específico com muita música, instalações e um bar.
Contavam também com o museu de história natural e o museu de ciências. O Royal Albert Hall, onde se realizam uma infinidade de concertos, a Serpentine Gallery que ficava dentro do Hyde Park com exposições gratuitas de arte moderna e contemporânea, assim como uma excelente livraria.
Caterine olhava para ele e depois voltava a centrar a atenção no bairro. Respirou fundo e recostou a cabeça ao perceber que ele iria permanecer em silêncio. Pouco depois Nathan parou o carro junto a uma vivenda vitoriana e saiu do carro para lhe abrir a porta.
- Estamos em...
- Holland Park! - Caterine interrompeu-o abismada.
- Entramos?
- Onde?!
- Em casa. - Nathan entrou na propriedade.
- Mas...
- Está frio aqui fora. Dentro de casa sempre está um pouco melhor.
- É tua?
- Depende.
Nathan abriu a porta da vivenda e entrou enquanto Caterine ficou parada no pequeno jardim tentando perceber a situação.
Ele disse que estava à procura de casa, e que não gostava de apartamentos. Mas aquela casa não estava ao alcance de todas as carteiras! Teria Nathan dinheiro suficiente para a comprar?! Percebeu naquele momento que não sabia o que ele fazia.
- Nathan! - Caterine entrou em casa chamando por ele -Nathan!
- Estou aqui.
Olhou para cima e viu Nathan no cimo das escadas de madeira. Um candeeiro de cristal era a única coisa que existia na sala.
- Que fazes?
- Esperar por ti.
- Não é isso. - Caterine começou a subir as escadas - Trabalhas em quê?
- Exportações. Porque perguntas?
- Não entendo porque me trouxeste até aqui.
- Para veres a casa.
- Se estás a pedir a minha opinião enquanto decoradora, devo dizer-te que...
- Apenas pretendo saber se gostas da casa.
- Duvido que alguém não goste, mas a minha opinião não é...
Caterine foi novamente interrompida, mas desta vez Nathan não falou, beijou-a enquanto mantinha o rosto dela entre as mãos. Depois afastou-se ligeiramente e olhou-a nos olhos.
- Amo-te. Quero que sejas minha esposa.
- Como?! - Caterine sentiu as pernas tremer ao mesmo tempo que o coração parecia mudar-se do peito para a sua cabeça.
- Estes dias longe de ti foram suficientes para perceber, se é que ainda restava alguma duvida, o quanto te amo.
- Mas eu...
- Não me amas?!
- Não...Sim... Oh Deus! - Caterine sentiu novamente a mão dele na sua face.
- Não chores.
Estava a chorar?! Caterine levou a mão ao rosto, a humidade que sentiu ao tocar o rosto provava que estava a chorar. Mas porquê?! Porque chorava?!
- Eu não sei...
- Fui impulsivo. Não pretendia pressionar-te.- Nathan calou-se uns instantes - Olha, sei que foi repentino, mas não tens porque responder agora.
- Não?!
- Não. Acho que consigo convencer o dono a aguardar mais uns dias.
- Uns dias?!
- Sobre a casa. Disse-lhe que só comprava se tu gostasses.
- Disseste?!
- Vamos. - Nathan começou a descer as escadas - Voltamos outro dia.
O despertador tocou no quarto, Caterine levantou-se mecanicamente. Permanecera no sofá durante toda a noite, revendo vez após vez a conversa titubeante dela perante a declaração de Nathan. Gostava da companhia de Nathan, sentia falta dele quando não estava, só de ouvir a voz dele o seu coração palpitava e nos seus lábios desenhava-se um sorriso. Mas amava-o?!
Deixou-se cair novamente no sofá olhando as paredes praticamente vazias.
- Oh mãe... - Caterine abraçou a almofada - Isto que sinto é amor?! Diz-me!
O som do telemóvel levou a que se assusta-se e desse um salto.
- Bom dia. - A voz de Lori soou do outro lado.
- Bom dia.
- Acordei-te?! Desculpa, estás acompanhada! Não queria...
- Estou sozinha.
- Oh!!! - Lori pareceu desanimada - Jess disse que entras mais tarde, pensei em bebermos um café juntas. Isto se não tiveres outros planos.
- Claro. A que horas?!
- Em meia hora na pastelaria?!
- Lá estarei.
Depois de um duche sentia-se mais animada, era como se a água tivesse levado consigo parte das inseguranças que sentia.
Nathan amava-a, e se ela não sentia o mesmo, era algo muito parecido! Paixão?! As pessoas juntavam-se e casavam por muito menos.
Enquanto caminhava pelo centro comercial pensava em Nathan, tinha de lhe dar uma resposta. Mas qual?! A sua mãe entregara-se a Gino de corpo e alma e foi feliz. Porque tinha receio de se entregar a Nathan, se era consciente do facto de que ele não era apenas um amigo?! Se ele a fazia feliz, porque tanta hesitação?!
- Desculpa o atraso. - Lori sentou-se na cadeira em frente - Chegaste à muito?
- Não te preocupes, cheguei à minutos.
- Jess insistiu em trazer-me e sabes como ela é.
- Sei sim. - Caterine sorriu ao recordar como Jess demorava a escolher o que vestir.
- Não cheguei a agradecer-te toda a ajuda...
A atenção de Caterine foi desviada por um casal que acabava de entrar na pastelaria. Barry e a escultural loira entravam abraçados.
- Não acredito! - Caterine procurou a esposa de Barry com o olhar. - Olha que é preciso...
- Que aconteceu? - Lori olhou para o casal e depois para ela. - É Barry?! Deus! Tu ainda o amas?!
- Não! - Caterine horrorizou-se - Mas no mínimo é uma profunda falta de respeito.
- Mas porquê?! Não está a fazer nada de mais.
- Se esqueceres que... - Ela calou-se ao ver a esposa de Barry entrar e dirigir-se a eles - Oh não!
- Que foi?! É a mãe dele?! Não gosta da nora?!
- É a esposa dele!
- Esposa?! Ohoh!
As duas ficaram em silêncio esperando o pior, mas a mulher aproximou-se da mesa com a maior naturalidade e sentou-se. Depois percorreu o local com a vista e sorriu ao cruzar o olhar com o dela enquanto chamava a atenção de Barry.
- Que vergonha. - Caterine baixou a cabeça.
- Estão a vir para cá.
- Os três?!
- Sim. - Lori murmurava enquanto levava a chávena aos lábios.
- Caterine! Como o mundo é pequeno. - Barry sorriu.
- É mesmo. - Caterine encarou-o -Pensei que fossem passar o natal num país tropical.
- E vamos. Mas não podíamos ir sem levar a minha prima. - Barry olhou para a loira.
- Tua prima?!
- Sim, está a passar um mau momento. E o meu amor achou bem providenciar-lhe uns dias agradáveis.
- É muito compreensiva. - Caterine olhou para a esposa dele.
- E muito generosa.
- Sim. Acredito que sim!
- Não podemos esquecer os mais desfavorecidos, principalmente se são familiares. - A mulher ajeitou o cabelo envaidecidamente.
- Tenho a certeza que a vossa companhia será um bálsamo para a "prima" de Barry.
Caterine falou sarcasticamente e olhou para Barry que acariciava as costas da loira disfarçadamente.
- Amor! - Barry colocou o braço nos ombros da esposa e beijou-lhe o rosto - Vamos?!
- Claro. - A mulher sorriu - Um bom natal Caterine.
- Obrigada, para vocês também.
- Realmente! - Lori respirou fundo quando eles se afastaram.- É idiota, burra ou as duas juntas?!
- Ou finge ser.
- Achas?!
- Não sei. - Caterine encolheu os ombros.
- Não me parece ser o tipo de mulher que permita tal coisa.
- Sinceramente começo a ter uma certa pena dela. Barry sabe quando, e o que, dizer para conseguir o que quer.
- Falas por experiência própria?
- Talvez. Levou-me a acreditar que era a mulher que ele sempre quis, quando a única coisa que queria era o dinheiro de Gino. - Caterine limpou uma lágrima e Lori segurou-lhe a mão.
- Mas ainda te magoa falar nisso.
- Não! - Caterine limpou a face furiosamente - Bolas, ultimamente choro imenso e nem sei porquê.
- Talvez ainda sintas algo por ele e vê-lo reavivou esse sentimento.
- O único sentimento que reavivou foi o de raiva. Porque foi isso que senti quando percebi que me estava a usar para alcançar os seus objectivos!
- Mas não alcançou.
- Porque lhe disse que não era filha de Gino. E porque não sabia que iria herdar uma parte da herança.
- Achas que ele se contentava com uma parte?
- Tendo em conta o valor que Gino me deixou, acho que sim. Pelo menos até o dinheiro acabar ou até encontrar uma mulher mais rica.
- O seu amor! - Lori fez uma careta.
- Os homens conseguem ser uns canalhas!
- Até mesmo o teu homem misterioso?!
- Nathan?! - Caterine sorriu ao recordar Nathan. - Não. Ele é o oposto. Não o imagino a aproveitar-se de ninguém.
- E vai à festa?
- Sim.
O dia terminava e Caterine ainda não sabia o que sentia por Nathan. Por muito que pensasse, tudo levava a crer que sim, que o amava. Saber que estaria com ele no fim do dia, era suficiente para ficar de bom humor. Assim como a dor e a angustia se apoderavam dela quando ele não atendia o telemóvel ou quando não o via.
Mesmo naquele momento, em que sabia que ele estava numa reunião, não conseguia afastar a dor causada pela ausência dele. Jantou com Mebell e Rose mas a sua cabeça estava um turbilhão. Devia aceitar o que sentia por ele?! E se fosse apenas paixão e passasse em pouco tempo?! Como se sentiria ele quando ela terminasse o relacionamento?! Não podia dar uma resposta sem ter a plena certeza dos seus sentimentos.
Quando acordou no dia seguinte continuava tão confusa como no dia anterior. Confusão que a acompanhou durante todo o dia.
- Não estás com boa cara. - Jess olhou por cima do computador. - Foste ao médico?
- Ao médico?! Para quê? Para lhe dizer que ando a dormir mal?
- Isso e que choras por tudo e por nada. Não estarás com algum transtorno hormonal?
- Como...
- Sei lá, não sou médico! Mas que tens algo, tens!
- Fome! É isso que tenho. Acho que vou à pastelaria comer um pedaço de bolo de chocolate.
- Sendo assim vou contigo. Podemos ir ao centro e aproveitar para ver os vestidos.
- Vestidos?
- Para a festa. - Jess apanhou a mal - Se vamos dar uma festa que seja em grande.
- Um vestido vermelho vivo.
- Vermelho?! Que horror. Azul.
As duas riram e dirigiram-se para o parque de de estacionamento. Quando estava a entrar no carro ouviu o telemóvel de Jess e esta fez-lhe sinal para que seguisse. Pelo espelho retrovisor viu Jess levar uma mão à cabeça e depois entrar no carro.
Durante o percurso até ao centro comercial olhou várias vezes pelo espelho tentando ver Jess mas, com tanto trânsito era missão impossível! Restava esperar no parque do centro.
Pouco depois Jess estacionou perto do carro dela.
- Algum problema?- Caterine aproximou-se de Jess.
- Não. Bem, temos se te importares com a presença do meu irmão.
- O teu irmão?!
- Pensei no que disseste, e nas tuas amigas. As irmãs. - Jess encolheu os ombros - Se ele quer falar comigo porque não ouvir o que tem a dizer?! Mas falar, dialogar com calma como dois adultos. Afinal é o único irmão que tenho.
- Acho bem. Muito bem mesmo.
- Então vamos experimentar vestidos?!
- Vamos a eles.
Meia hora depois Caterine despia um vestido branco estilo princesa para vestir um verde seco de manga comprida e justo ao corpo. Não... Aquele não era o "seu" vestido.
- Que horror! - Jess apareceu na porta do provador.
- É mesmo!
- Mas acho que este vai ficar... - Jess atendeu o telemóvel - Sim?!
Caterine olhou para o vestido. Era cinzento sem ombros, peito bordado até à cintura e a saia, que mais parecia um balão, não chegava aos joelhos. Decididamente aquele não era o seu tipo de vestido. Gostava deles compridos!
- Não me digas que não gostas?
- Sabes que não...
- Sei, mas também sei que não experimentaste.
- Muito bem, queres que experimente?!
- Claro!
Caterine olhou para o vestido e respirando fundo começou a despir o vestido verde. Não se imaginava a ir a uma festa com um vestido daqueles. Mas ao ver-se no espelho pensou que talvez estivesse enganada. Talvez aquele fosse o "seu" novo vestido. Jess tinha razão o vestido era lindo! Gostava da forma como a saia caía sobre as suas pernas, como acentuava a sua cintura, até os peitos pareciam maiores. Não iria experimentar mais nenhum.
Esperando encontrar Jess dirigiu-se à caixa central, num mostrador um chapéu chamou a sua atenção. Era o tipo de acessório que Mabell iria adorar. Restava comprar algo para Rose, talvez um lenço de seda ou uma camisola florida.
- Essas flores enormes não te favorecem.
Caterine sorriu ao reconhecer a voz de Nathan.
- Não?! Podia experimentar.
- Já conheces o meu irmão? - Jess falou nas suas costas e o sorriso dela desapareceu.
- Desculpa?!
- O meu irmão. - Jess sorria - Falei-te dele. Harry.
- Harry?! - Caterine fechou os olhos ao sentir o chão fugir-lhe debaixo dos pés.
- Estás bem? - Jess olhou para ela preocupada.
- Nathan?! - Caterine olhou para ele sentindo que a qualquer momento as lágrimas iam cair.
- Harry?! - Jess olhou para o irmão - Podes dizer-me que se passa?!
- Ainda não sei bem.
Caterine olhou para ele. Nathan sorria?! Naquele momento a imagem de Barry deitado a seu lado perguntando pela herança dela formou-se na sua mente, segui-se Barry agarrado à loira escultural ao lado da esposa, Barry mostrando um relógio caríssimo, Barry falando do seu barco, Barry beijando a esposa na face... as imagens sucediam-se formando um filme que lhe causava mal-estar.
- Eu... - Olhou para Nathan e depois para Jess - Desculpa.
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